Publicado em 1942, A Família de Pascual Duarte, é o livro de estreia de Camilo José Cela, iniciando um caminho que levaria o escritor espanhol até ao Prémio Nobel da Literatura, quase 50 anos depois, em 1989. Lidando com o lado trágico da vida, é considerado um clássico moderno e uma meditação sobre a crueldade, o absurdo, o crime e o vazio espiritual.
É num tom mordaz e cruel que Camilo José Cela se confunde com o narrador que confessa os seus próprios crimes sem arrependimento. Condenado à morte por matricídio, a 15 de fevereiro de 1937, Pascual Duarte envia um manuscrito a um conhecido, relatando a sua vida e os seus feitos criminosos. É um dos livros mais influentes da língua espanhola, e uma personagem capaz de tudo: os piores instintos e gestos repentinos de ternura. De violência e de extrema bondade.
Confessa-se culpado apenas de dois dos seis crimes de que é acusado e procura alguém a quem responsabilizar pelas injustiças do destino, que lhe roubou dois filhos, a primeira mulher e o irmão. Chega às livrarias a 20 de fevereiro, com a clássica tradução de Tomaz Ribas.
Sobre o Autor
Camilo José Cela (1916-2002) tornou-se conhecido logo com o seu primeiro romance, A Família de Pascual Duarte (1942), a que se seguiram títulos como A Colmeia, São Camilo ou Mazurca para Dois Mortos. Obteve o Prémio Nacional de Narrativa (1984), o Príncipe das Astúrias (1987), o Nobel da Literatura (1989), o Planeta (1994) e o Miguel de Cervantes (1995). É autor de alguns livros de viagem notáveis, como Viaje a la Alcarria, Del Miño al Bidasoa – Notas de un vagabundaje ou Vagabundo por Castilla.