A Assírio & Alvim publica As Flores do Mal, de Charles Baudelaire. Uma reedição da tradução premiada de Fernando Pinto do Amaral, agora com um novo prefácio.
Obra-prima de Charles Baudelaire, As Flores do Mal (1857) representam uma rutura com toda a poesia escrita antes dela. Aqui, encontramos o homem urbano a braços com a violência da modernidade, misturando no mesmo poema um tom elevado com temas indignos, carregados de ódio, horror ou sensualidade. Esta ousada forma de escrever poesia levou o autor a ser condenado e à censura de algumas composições, marcando contudo o rumo da literatura futura.
Recuperamos, nesta edição bilingue revista e aprimorada, a tradução de Fernando Pinto do Amaral, a primeira para português europeu, publicada em 1992 e vencedora dos prémios PEN Clube Português e Associação Portuguesa de Tradutores.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 20 de fevereiro.
Sobre o Autor
Charles Baudelaire nasceu em Paris a 9 de abril de 1821, filho de François Baudelaire e da jovem Caroline. Após a morte do marido em 1827, esta desposou o comandante Aupick, mais tarde general e embaixador francês em Espanha, com quem Baudelaire cedo se incompatibilizaria. Ao atingir a maioridade reivindica a herança paterna, que irá desbaratar, consome ópio e haxixe (experiência que está na origem de Os Paraísos Artificiais, de 1860) e relaciona-se com a atriz Jeanne Duval. Conhecido principalmente pela sua poesia, Baudelaire também fez crítica literária e artística, ensaio, novelas e traduções, das quais se destaca uma parte substancial da obra de Edgar Alan Poe. Ficaram para as posteridade os seus livros O Pintor da Vida Moderna (1863), a obra póstuma O Spleen de Paris (1869) ou As Flores do Mal (1857), obra-prima da poesia moderna que escandalizou a sociedade francesa da época e condenou o autor ao banco dos réus. Com uma saúde já fragilizada pela sífilis, Baudelaire ficará paralisado após uma queda na igreja de St. Loup, acabando por morrer anos mais tarde, a 31 de agosto de 1867.