A jornalista Florence Williams viajou pelo mundo para conhecer os
cientistas de topo que investigam a influência da natureza no cérebro
humano e concluiu que o tempo passado ao ar livre não é um luxo. «Este
livro explora a ciência subjacente àquilo que os poetas e os filósofos sabem
desde há muito: o lugar importa», explica a autora, que ao trocar uma vida
ligada à natureza no Colorado pela urbanizada Washington, D.C., se deu
conta de mudanças substanciais no seu humor, criatividade, imaginação e
produtividade, sentido necessidade de refletir sobre isso.
A autora descobriu que um pouco por todo o mundo há cientistas em busca
de respostas, que procuram quantificar os efeitos da natureza não apenas
no estado de espírito e no bem-estar, mas também na capacidade de
pensar – recordar, planear, criar, sonhar acordado, focalizar –, bem como
nas competências sociais. Foram dois anos dedicados a pesquisas, que
resultou no livro A Natureza Cura, que chega às livrarias a 2 de fevereiro.
O livro começa por explicar porque é que o nosso cérebro precisa do contacto com a natureza, quer seja por via
da evolução, como sugere a investigação de ponta do Japão, quer seja pelos efeitos benéficos que os espaços
naturais têm na melhoria da nossa capacidade intelectual, como a autora descobre numa visita ao Utah. De
seguida, são exploradas as quantidades de natureza suficientes para o bem-estar, desde os breves contactos diários, passando pelas cinco horas mensais como os finlandeses recomendam, até aos fenómenos
interessantes que se dão no cérebro quando se está em território selvagem. Por fim, a autora examina as
consequências que estas descobertas têm para aqueles que vivem «encerrados nas cidades» e o que pode ser
feito para mudar.
Sobre a Autora
Florence Williams vive em Washington. É jornalista e correspondente da
Outside Magazine e publica regularmente no New York Times, na New
York Times Magazine, na National Geographic e na Mother Jones, entre
outros. O seu primeiro livro, Breasts: A Natural and Unnatural History,
entrou para a lista de Livros Notáveis de 2012 do New York Times e
recebeu o prémio do Los Angeles Times para livros sobre Ciência e
Tecnologia e o Audie para livros de não-ficção (2013).