O cenário: a Califórnia da atualidade,
as grandes empresas tecnológicas, o mundo dos comics e das «sexualidades
alternativas», a competição por um lugar no Twitter ou por
um like no Facebook, as fortunas dos donos da Amazon ou da Google.
E uma série de perguntas incómodas simples: porque é que o ativismo
do século XXI não passa de uma série de lições de moral digitados em
computadores que não passam de dispositivos construídos por escravos?
Como pudemos permitir que esse gigantesco universo de «redes
sociais», comentários instantâneos, gritaria, ameaças, vaidade fotográfica,
ódio às mulheres, notícias falsas ou tweets idiotas que inundam
a Internet se transformassem nas armas dos novos escravos – seres
infelizes cuja maior alegria é causar infelicidade aos seus semelhantes?
Neste seu primeiro romance, Jarett Kobek explica com detalhe e de
maneira hilariante como a CIA financiou o romance do século XX ou
como funciona a «economia política das redes sociais» onde os ricos
ganham dinheiro incessantemente e todos abdicam dos direitos inteletuais
em benefício do Instagram ou do Facebook. Kobek faz um retrato
hilariante e obsceno de uma sociedade de fracos – dependentes
de um post – que alimentam constantemente a supremacia dos poderosos.
Hipócrita, feminista, cru e inteligente, Kobek apresenta uma fábula útil na qual mostra como somos vítimas do boom digital,
e na qual expõe as consequências de se ser dispensável ou descartável num mundo novo e cruel: «Este mau romance,
que é uma lição de moral sobre a Internet, foi escrito num computador. Estão a experimentar a indignação moral de um
escritor hipócrita que lucrou com as vantagens da escravatura.»
Sobre o Autor
Jarett Kobek é um escritor norte-americano de ascendência turca. Vive na Califórnia. É
um humanoide canibal habitante do submundo (C.H.U.D.) da literatura internacional.
O seu primeiro romance, Odeio a Internet, foi publicado ou tem publicação prevista em
sete idiomas.