Segundo o autor, esta é uma obra hedonista, sensual e descomprometida, que contém definições – lúdicas, imprecisas, pouco rigorosas, mordazes, maldosas, mesquinhas e torpes – de palavras do nosso léxico. Pretende divertir, provocar, estimular o pensamento, bulir com os nervos, ofender e, no fundo, provocar um a reacção mais ou menos forte em quem, inconsequentemente, decidir lê-la. Saliente-se que, por parte de quem a escreveu, não houve qualquer cuidado na organização.
Antes pelo contrário: houve displicência, preguiça e até descaramento. Por isso, não há nenhum rigor que se lhe possa apontar, nem mesmo em tribunal, e não se vislumbra qualquer aproximação voluntária à realidade. No fundo, este livro deve ser encarado como uma obra de ficção, que parte da lógica dos dicionários ditos sérios e a subverte totalmente. Talvez faça sentido considerá-lo abrangente, transversal e desbocado. Mas muitos outros adjectivos poderiam ser-lhe associados. Todos levariam a concluir que O Infame Dicionário Cómico de Língua Portuguesa é, ao que se sabe, o melhor e mais completo livro do género no mundo. Pelo menos, de acordo com a forma peculiar como o autor encara e define termos como «dicionário», «língua» ou «mundo».
Livro disponível em pré-venda online.