O que a nova ciência do desenvolvimento infantil nos diz
sobre a relação entre pais e filhos. Cuidar dos nossos filhos é parte daquilo que nos torna humanos.
Porém, aquilo a que chamamos parentalidade é uma invenção recente.
Nos últimos trinta anos, o conceito de parentalidade e a indústria
multimilionária que o rodeia transformaram os cuidados infantis numa
atividade obsessiva, controladora e com metas, que pretende criar uma
determinado tipo de criança e, por conseguinte, um determinado tipo
de adulto. Neste livro, a psicóloga Alison Gopnik argumenta que a
imagem habitual de pais e filhos no século XXI é profundamente
errada – não só se baseia numa pseudociência, mas também é má para
as crianças e para os adultos. A parentalidade não faz as crianças
aprender – em vez disso, os progenitores empenhados deixam que as
crianças aprendam, rodeando-as de um ambiente seguro e carinhoso.
Baseando-se no estudo da evolução humana e na sua própria
investigação científica da aprendizagem, a autora, uma das
maiores especialistas mundiais em psicologia infantil, mostra que,
embora os cuidados infantis sejam muitíssimo importantes, o seu
objetivo não deve ser formatar as crianças segundo determinados
padrões.