quarta-feira, 22 de março de 2017

Sermão da Sexagésima e Sermões da Quaresma


No presente volume reúnem-se dez sermões e um comento ou homilia, concebidos e/ou proferidos, ao longo de um arco temporal que vai de 1644 a 1673, em locais distintos e para públicos diversos. Os dez sermões podem ser agrupados em três blocos temáticos, merecendo tratamento diferenciado o celebérrimo Sermão da Sexagésima, por poder ser considerado uma espécie de intróito à arte de pregar do padre jesuíta.
O mais célebre sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima, proferido em 1655 na Capela Real, em Lisboa – precisamente sobre a arte de pregar. 
Três sermões da quarta-feira de Cinzas.
Três sermões da primeira sexta-feira da Quaresma. 

Homília sobre o evangelho da segunda-feira da primeira semana da Quaresma. «Vieira elevou aquilo a que chamou as suas “choupanas” a palácios altíssimos da literatura e da arte de bem discursar e escrever em língua portuguesa. Neste volume podemos encontrar alguns dos mais excelentes textos de Vieira, começando por um dos mais famosos no qual teceu as bases de uma nova arte de pregar e persuadir pela palavra legitimada pela força do exemplo. A este juntam-se os seus primeiros sermões da Quaresma, abundantes em pensamento sobre a condição humana e os seus limites, em diagnósticos incisivos sobre a vida individual, política e social, bem como acerca da urgência da mudança pedida pelo desafio da coerência.» José Eduardo Franco 

Direção de obra de José Eduardo Franco, historiador, doutorado pela EHESS de Paris, coordenou com sucesso vários projetos de investigação, entre os quais o Arquivo Secreto do Vaticano. Publicou estudos sobre Vieira, os jesuítas e o marquês de Pombal. E de Pedro Calafate, historiador e professor catedrático da Universidade de Lisboa, especialista no barroco e no racionalismo iluminista do século XVIII. Foi distinguido com o Prémio Aboim Sande Lemos da UCP pela obra A Ideia de Natureza no Século XVIII em Portugal.