terça-feira, 18 de abril de 2017

A Brecha, o novo romance de João Pedro Porto


A Brecha, do escritor açoriano João Pedro Porto, vai chegar às livrarias na sexta-feira, dia 21 de Abril, pela Quetzal Editores. 

O conteúdo de A Brecha é importante mas mais importante é o seu tom, a sua forma. João Pedro Porto faz uma notável exploração da linguagem, resultando numa obra que vive de poesia, prosa e dramaturgia. Um santuário da Língua onde se aliam o contemporâneo e a memória. 

«A memória é assim feita através do critério dos homens de poder. Se os bárbaros estiverem no poder, serão esses que farão a História e, nessa História, as barbaridades não serão mais do que as mais contadas venturas dos heróis, repetidas às crianças nos leitos, pintadas nos frescos e nas abóbadas do sonho e do fantasmagórico. Ora, o que se entende por poder será mais de nuvens do que esta tão simples consideração.»

Sobre João Pedro Porto, Valter Hugo Mãe disse: «Um dos mais exuberantes novos autores portugueses. (…) No universo da ficção, estou convencido de que a literatura portuguesa não conseguia ninguém assim desde Vitorino Nemésio (…) Sabemos que lemos um moço de 30 anos mas reverberam séculos nas suas construções, admiravelmente eruditas na junção do que é literário e do que poderia ser recolhido nas praças mais maduras.»

Sobre o Autor

João Pedro Porto nasceu nos Açores, em Abril de 1984. A Brecha é o seu quarto romance, tendo publicado O Rochedo que Chorou, O 2egundo M1nuto e Porta Azul para Macau. Viu também editado, em formato livro, o conto O Homem da Mansarda, e fez parte da primeira antologia coordenada pelo Centro Mário Cláudio, O País Invisível. São também suas as letras do álbum Terra do Corpo, de Medeiros/Lucas. É presença recorrente em diversos jornais de pequena ou grande tiragem, bem como em revistas e suplementos literários. Sobre a sua escrita, Valter Hugo Mãe escreveu: «Reverberam séculos nas suas construções. Um invasor absoluto, um denunciador. João Pedro Porto é cénico, performativo, esdrúxulo, temperamental, mas sem arrogância. Apenas luxuoso, desse luxo de poder fazer.»