A Brecha, do escritor
açoriano João Pedro Porto, vai chegar às livrarias na
sexta-feira, dia 21 de Abril, pela Quetzal Editores.
O conteúdo de A Brecha é importante mas mais
importante é o seu tom, a sua forma. João Pedro
Porto faz uma notável exploração da linguagem,
resultando numa obra que vive de poesia, prosa e
dramaturgia. Um santuário da Língua onde se aliam o
contemporâneo e a memória.
«A memória é assim feita através do critério dos
homens de poder. Se os bárbaros estiverem no poder,
serão esses que farão a História e, nessa História, as
barbaridades não serão mais do que as mais contadas
venturas dos heróis, repetidas às crianças nos leitos,
pintadas nos frescos e nas abóbadas do sonho e do
fantasmagórico. Ora, o que se entende por poder será
mais de nuvens do que esta tão simples
consideração.»
Sobre João Pedro Porto, Valter Hugo Mãe disse: «Um
dos mais exuberantes novos autores portugueses.
(…) No universo da ficção, estou convencido de que a
literatura portuguesa não conseguia ninguém assim
desde Vitorino Nemésio (…) Sabemos que lemos um
moço de 30 anos mas reverberam séculos nas suas
construções, admiravelmente eruditas na junção do
que é literário e do que poderia ser recolhido nas
praças mais maduras.»
Sobre o Autor
João Pedro Porto nasceu nos Açores, em Abril de 1984. A Brecha é o seu quarto
romance, tendo publicado O Rochedo que Chorou, O 2egundo M1nuto e Porta Azul
para Macau. Viu também editado, em formato livro, o conto O Homem da Mansarda,
e fez parte da primeira antologia coordenada pelo Centro Mário Cláudio, O País
Invisível. São também suas as letras do álbum Terra do Corpo, de Medeiros/Lucas. É
presença recorrente em diversos jornais de pequena ou grande tiragem, bem como em
revistas e suplementos literários. Sobre a sua escrita, Valter Hugo Mãe escreveu:
«Reverberam séculos nas suas construções. Um invasor absoluto, um denunciador.
João Pedro Porto é cénico, performativo, esdrúxulo, temperamental, mas sem
arrogância. Apenas luxuoso, desse luxo de poder fazer.»