As Classes Populares,
da autoria de João Teixeira Lopes, Francisco Louçã e
Lígia Ferro, chega às livrarias amanhã pela Bertrand Editora.
O livro surge como um contraponto e complemento
ao livro Os Burgueses, publicado em 2014.
As Classes Populares discute os mecanismos que
perpetuam a desigualdade em Portugal, traçando o
retrato de como é viver no país desde a crise de
2008.
Dividido em três partes - As Condições de Vida, A
Pobreza nas Classes Populares e As Classes
Populares pelo Olhar Literário e dos Media -, é fruto
de um olhar atento, por parte dos três autores, a
alguns dos elementos mais marcantes da vida das
classes populares portuguesas no século XX e XXI:
das condições de vida ao trabalho, à escola,
mobilidade, linguagem e cultura, dando um lugar de
destaque à análise da pobreza, bem como à forma
como é caracterizada pelas classes dominantes.
«O povo, tantas vezes evocado e contudo tão
desconhecido. Protagonista nomeado de todas as
conquistas e ruturas, herói coletivo das epopeias e
sujeitos dos mitos, eis que lhe cabe o papel de
fundar a soberania e de assegurar a continuidade e a
identidade de uma Nação. Sob o seu “sagrado
nome”, as elites apoderaram-se da representação e
encontraram a legitimação do seu governo, através
das mil metamorfoses dos diferentes regimes
políticos. O seu jugo simbólico é a invenção de uma
essência, uma narrativa naturalizada de costumes, tradições, feitios e tipos nacionais.»