As “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” levam-nos até Viena, mais precisamente a uma soirée musical no início do século XIX em que Beethoven poderia ter estado presente.
O violoncelo de Marco Testori e o pianoforte Clementi tocado por Costantino Mastroprimiano levam-nos por esta viagem no tempo, na Sala da Música do Palácio Nacional de Queluz, amanhã à noite.
Os sons do violoncelo e do pianoforte vão guiar-nos por “Um serão em Viena no tempo de Beethoven”, neste quarto concerto das “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” com início às 21h30.
Marco Testori e Costantino Mastroprimiano são, um e outro, especialistas no repertório desta época. Há mais de uma década que tocam juntos, em duo ou em ensemble.
O programa desta ‘soirée’ inclui três obras em que Ludwig van Beethoven poderia ter participado. Na Sonata para pianoforte e violoncelo, op. 5 n.º 2, dele próprio, o célebre compositor alemão poderia ter sido o intérprete ao pianoforte. Já em La Bella Capricciosa, op. 55, para pianoforte, de Johann Nepomuk Hummel (1778-1837), e na Grande Sonata em Sol menor, para pianoforte e violoncelo, op. 125, de Ferdinand Ries (1784-1838), Beethoven poderia ter sido um atento espetador.
Johann Nepomuk Hummel foi um grande virtuose do pianoforte, continuador do estilo de Mozart e Clementi, ao passo que Ferdinand Ries foi, primeiro, aluno e, depois, secretário de Beethoven, permanecendo, no decurso de uma vida cheia de viagens, sempre um admirador e amigo próximo do autor da Sinfonia ‘Eroica’.
As “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” regressam ao Palácio Nacional de Queluz, com sete concertos distribuídos entre 27 de setembro e 29 de outubro. Estes espetáculos, que acontecem na Sala do Trono e na Sala da Música, propõem repertórios criteriosamente ajustados ao contexto histórico do Palácio, numa viagem pelas sonoridades do período Setecentista e do 1.º Romantismo.
“Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” é uma iniciativa conjunta da Parques de Sintra e do Centro de Estudos Musicais Setecentistas em Portugal / Divino Sospiro, com direção artística do maestro Massimo Mazzeo. Este ciclo de concertos assinala o início da 4.ª Temporada de Música da Parques de Sintra.