Pascal Bruckner um dos principais pensadores do chamado grupo dos Novos Filósofos está em Portugal para uma conferência dedicada ao tema Adeus Europa no âmbito do festival Folio.
O filósofo e ensaísta francês, nascido em 1948, analista de temas de impacto no quotidiano das sociedades e que fez parte do chamado grupo dos «Novos Filósofos», juntamente com Alain Finkielkraut, Bernard-Henri Lévy e André Glucksmann, entre outros, um grupo de intelectuais franceses que romperam com as correntes hegemónicas do pensamento do seu país nos anos 70 e 80 (em que o marxismo era dominante) e apresentaram uma visão crítica dos rumos políticos e comportamentais da Europa pós-Maio de 1968. A Gradiva lança em simultâneo com a sua vinda a Portugal o seu mais recente livro – Racismo Imaginário - Islamofobia e Culpabilidade.
Pascal Bruckner participa numa mesa de debate dedicada ao tema Adeus Europa em conjunto com o poeta Nuno Júdice hoje pelas 21 horas no Auditório Praça da Liberdade, em Óbidos.
No livro Racismo Imaginário - Islamofobia e Culpabilidade o filósofo francês Pascal Buckner procura demonstrar como o termo «islamofobia» aniquila qualquer opinião crítica acerca do islão. Segundo ele uma grande religião como o islão não é redutível a um povo, pois tem uma vocação universal. Poupá-la à prova de um exame, realizado desde há séculos ao cristianismo e ao judaísmo, é encerrá-la nas suas dificuldades actuais. E condenar para sempre os seus fiéis ao papel de vítimas, ilibados de toda a responsabilidade pelas violências cometidas em seu nome.
Desmontar esta impostura, reavaliar o que se chama «o regresso do religioso» e que é, ao invés, o regresso do fanatismo, celebrar a extraordinária liberdade que a democracia dá aos cidadãos, o direito de crer ou de não crer em Deus: estes são os objectivos deste livro de Pascal Bruckner que agora a Gradiva publica em língua portuguesa.