A 4ª edição do Festival Emergente vai acontecer nos dias 28 e 29 de Dezembro, respetivamente no Music Box e no B.Leza. Dois espaços icónicos da noite lisboeta e cada vez mais associados à programação de novos valores.
Como já é marca do festival, o talento Super Emergente será o foco. O cartaz é composto por 8 projetos musicais selecionados no Open Call e 4 projetos musicais da nova geração de valores da música portuguesa convidados pela organização. Todos subirão aos palcos do Emergente, este ano distribuídos pelo Musicbox e B.Leza, para a partilha do talento pelas duas icónicas salas lisboeta. A quarta edição do festival regressa no final do ano como o último festival de 2022, e reafirma o seu carácter fresco, dinâmico e imprevisível.
Quatro das bandas selecionadas a concurso, Momma T, Black Lavender, JAVISOL e O Marta, apresentar-se-ão no Musicbox, no dia 28 de Dezembro, a partir das 20h00, com abertura de portas às 19h30m. Momma T, já com 2 eps gravado, traz ao festival sonoridades de soul e jazz, mas também de R&B alternativo, misturando elementos acústicos e electónicos. Black Lavender é um funky rapper que esgotou várias salas em Espanha e atuou no Festival DCODE em Madrid, atualmente a viver no Porto. JAVISOL é rock, cantado em português, com influências desde o grunge ao fado com canções sobre as dores que a gente sente e tanto cala. O Marta é o mais recente projeto a solo de Guilherme Marta, que promove uma abordagem contemporânea ao folclore tradicional português procurando criar uma mistura sonora de ritmos típicos de Portugal, com harmonias vocais polifónicas que relembram não só os cantares portugueses, como os do leste europeu, sempre unidos num alicerce que explora em detalhe a linguagem do indie-pop. A primeira noite termina com Bandua, o vibrante projeto de Bernardo D’Addario e Edgar Pereira Valente, emergido este ano da colaboração entre os dois músicos, cujo talento foi recentemente reconhecido pela RTP, que os convidou para comporem um dos temas do Festival da Canção 2023. Será o último concerto de 2022 de Bandua, a apadrinhar e a motivar os ainda mais emergentes, depois de um ano a tocar por todo o país o seu prodigioso álbum de estreia com o mesmo nome “Bandua”. 9 temas com base nas tradições musicais da Beira Baixa, revistos à luz do “downbeat” eletrónico, que resulta em sonoridades de uma contemporaneidade lancinante e dançável, evocando a cada beat a ancestralidade da cultura beirã.
As outras quatro bandas selecionadas para o cartaz do festival através do concurso Super Emergentes, THEMANUS, Ana de Llor, Siwo e A Sul, apresentam-se no dia 29 de Dezembro no B.Leza, a partir das 21h30, com abertura de portas às 21h00 para o início de uma noite que durará até às 03h00. THEMANUS explora ideias composicionais que vão desde a música escrita à totalmente improvisada. Assentes no ecletismo que o jazz sempre lhes proporcionou, percorre estéticas como drum 'n' bass, ambient, boom bap, a fim de saciarem as suas necessidades musicais e, paralela ou paradoxalmente, as esfaimar. Ana de Llor cria um sedutor mundo dark pop que se mistura com melodias e batidas de inspiração portuguesa. A música de De Llor é mais conhecida pelos seus temas fortemente feministas e canções de vanguarda que induzem uma atmosfera visual sinestésica autocriada. Siwo faz parte de um projeto de música eletrónica denominado afro futurismo, no qual combina, electro, Afrobeats, Soul e Hip-hop. Depois de ter passado várias experiências com outras bandas, Siwo começou a cruzar a sua criatividade entre a música eletrónica e as artes visuais. A Sul é o projeto musical de Cláudia Sul que lançou o seu EP de estreia a 15 de Julho de 2022. A essência do projeto procura simultaneamente evocar um espírito de retorno à Natureza como forma simbólica de aproximação e introspeção sobre o espaço íntimo e profundo do indivíduo. Sobre o medo de arriscar. Nessa noite, sobem ainda ao palco emergente a convite da organização, Unsafe Space Garden e SFISTIKATED. Tendo iniciado o seu percurso pela irreverência musical em 2019, os Unsafe Space Garden vêm ao Emergente tocar os temas de "Bro You Got Something In Your Eye - A Guided Meditation" pelo espectro de emoções que caracteriza o ser-se humano, servido em forma de tragicomédia musical “para que as burocracias de estar vivo deixem de fazer sentido e se desvende a pedra de que somos feitos.” Os SFISTIKATED são a dupla João Marques (First Breath After Coma) e Roberto Oliveira (Whales). Partem dos cânones da eletrónica para logo a seguir se desconstruírem através de um jogo de colaborações que cruza fronteiras e géneros. Uma mão cheia de convidados, oriundos da Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos, criaram com eles um primeiro disco que reconstrói “de forma original e pertinente, ligações na área da música eletrónica, pop e hip-hop, sem fugir aos padrões convencionais, mas desafiando estes com toques de experimentalismo e glitch”. A noite e o festival terminam com o DJ Set de James Flower, alter ego de Tiago Narciso, produtor e dj natural de Évora a residir em Lisboa e última entrada no catálogo da Discotexas. Apaixonado por música eletrónica e atmosferas melódicas vibrantes, James decidiu desenvolver uma abordagem pessoal e perspicaz para as suas composições, criando faixas atraentes que misturam sonoridades nostálgicas e texturas quentes.
Um cartaz cheio de talento, emergente e diverso, mais eclético que nos anos anteriores. O Emergente faz assim de novo jus à sua principal missão de apoiar a nova geração da música portuguesa, não baixando os braços, reinventando-se a cada edição e oferecendo todos os anos o maior número de oportunidades possível, bem como a visibilidade e as condições para os projetos selecionados puderem brilhar e fazer emergir o seu talento.
Todos os projetos Super Emergentes concorrem para os prémios “Melhor Projeto Musical” e “Melhor
Concerto”, respetivamente a gravação de um álbum ou EP no Estúdio Camaleão e um concerto/showcase na SBSR.fm, rádio parceira do festival pelo 3º ano consecutivo. O primeiro prémio é uma decisão por deliberação do Júri do Festival, o segundo é uma escolha exclusiva do público, trocando o bilhete de cada dia por um boletim de voto. Também se abre a possibilidade de
um concerto das bandas vencedoras dos dois prémios, em 2023, no B.Leza. A banda vencedora do
Melhor Concerto abrindo para a apresentação do álbum da banda vencedora do Melhor Projeto
Musical.
O Festival Emergente tem já um enorme lastro de talento que vai deixando a sua marca na história da música portuguesa. Em 2022 vai continuar a contribuir para essa história da melhor forma, combinando talentos Super Emergentes com outros confirmados pelo público e pela indústria musical e que agora emergem noutras dimensões dos seus percursos artísticos.
As bandas que atuarão no Festival Emergente 2022, sobem aos palcos de duas salas que são elas mesmo parte integrante da história da música portuguesa e da noite lisboeta, juntando-se à lista de mais de 40 nomes que fizeram até agora a história do festival: em 2021, Solar Corona, Humana Taranja, Los Chapos, Caio, April Marmara, Biloba, Bia Maria, Falso Nove, Quase Nicolau, Madalena Palmeirim, Chinaskee, Sreya, Gator the Alligator, Mike Vhiles, Conjunto Júlio, Eva Cigana, Mikee Shite, Too Many Suns; em 2020, Dream People, Hause Plants, Meta, Fugue, Rui Rosa, Cíntia, Vila Martel, Lana Gasparøtti; em 2019: Dji Jays, Stone Dead, Sunflowers, Cave Story, Ossos D’Ouvido, Palmers, Elephant Maze, Môrus, Venga Venga, Pedro Mafama, Filipe Sambado e os Acompanhantes de Luxo, Tourjets, Time for T, Sun Blossoms, Cosmic Mass.