sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Nação das Plantas, a única verdadeira potência planetária


Qual é a comunidade viva mais evoluída? Enquanto seres humanos, pensamos imediatamente numa qualquer superpotência económica: os Estados Unidos da América, a China ou até a União Europeia. Mas para Stefano Mancuso, biólogo italiano e o maior especialista vivo em inteligência vegetal, é uma outra, muito mais antiga que a humanidade, espalhada por todos os cantos do planeta e que passa despercebida a quase todos nós: a nação das Plantas. No seu mais recente livro, o autor de vários bestsellers internacionais decidiu dar voz às plantas e escreveu a primeira constituição dessa que é a «única, verdadeira e eterna potência planetária». A Nação das Plantas é um livro-manifesto que fica disponível já no próximo dia 28.

Depois de um ano desastroso no que toca ao ambiente, em que vimos milhões de hectares de florestas na Sibéria, na Amazónia e na Austrália desfazerem-se em fumo e cinzas, o nível de emergência global é mais tangível do que nunca e está diretamente relacionado com as alterações climáticas. O novo livro de Stefano Mancuso é um verdadeiro manifesto ecológico, que nos lembra o quanto o homem está ligado e depende da natureza e que levará o leitor a considerar o mundo das plantas como o aliado mais importante e essencial para a proteção do planeta Terra. «A desflorestação devia ser considerada um crime contra a humanidade e punida em conformidade. Porque é exatamente disso que se trata. A intangibilidade das florestas e a manutenção da sua vida, assim como a obrigação de se manterem intactos solo, ar e água, deveriam ter lugar na Constituição de todos os Estados, e não apenas nesta nossa Constituição da Nação das Plantas».

Tendo como ponto de partida um ponto de vista inovador –  as plantas como organismos inteligentes que, como pais, agem para ajudar e proteger o homem – Stefano Mancuso apresenta ao longo do livro uma série de oito artigos que formam a carta dos direitos das Plantas. Um livro escrito de forma simples mas que apresenta de noções que a maioria de nós ignora. Um livro que nos ajuda a ver o mundo de outra forma, mais completa e acima de tudo mais consciente. Um livro para ler e refletir, talvez à sombra desses pais, que nos protegeram antes mesmo de todas as espécies nascerem e nos continuam a proteger, apesar da falta de consideração que muitas vezes temos por eles.

Stefano Mancuso vai estar em Lisboa nos dias 16 e 17 de Março. No dia 16 de manhã vai ser recebido pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, seguido de uma visita à serra Sintra-Cascais, onde vai plantar uma árvore. Irá ainda, no mesmo dia, dar uma aula no Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, às 17 horas. Estão todos convidados a assistir.

Sinopse

O novo bestseller de Stefano Mancuso é, além de um manual prático, uma apologia e a explanação de uma filosofia de vida, sobre o significado mais profundo e abrangente da ecologia. A nação mais importante e poderosa do mundo é também a menos ouvida e representada: a das plantas. Os anos mais recentes têm visto um assustador aumento da primazia dos interesses financeiros (ou da negligência política) sobre a proteção ambiental – com resultados desastrosos evidentes para todos, mas sofridos sobretudo pelos mais vulneráveis. Nesta obra fascinante e reveladora, o autor de A Revolução das Plantas explica como, mais que nosso dever, é do nosso interesse zelar pelo continuado bem-estar desta nação… até porque, por muito que achemos que pertencemos a outro reino, a verdade é que estamos irrevogavelmente enraizados nesta Nação das Plantas.

Sobre o Autor

Stefano Mancuso é uma das autoridades de maior renome em todo o mundo na área da Neurobiologia Vegetal. É professor associado na Universidade de Florença, dirige o Laboratório Internacional de Neurobiologia Vegetal e é membro fundador da International Society for Plant Signaling and Behavior. É autor de vários bestsellers internacionais de divulgação científica, bem como de centenas de artigos académicos. A revista New Yorker considerou-o um dos «world changers» da década e o La Repubblica assinalou-o como um dos 20 italianos destinados a transformar as nossas vidas. Desenvolveu, através da sua start-up universitária, um módulo para cultivo de plantas e flores completamente autónomo em termos de recursos energéticos. É uma presença frequente nos media internacionais e as suas conferências públicas são muito solicitadas em todo o mundo.