O Erro de Galileu, do filósofo da mente Philip Goff, para além de acessível e estimulante, é uma obra de leitura obrigatória para todos os que se interessam pelo estudo da consciência.
Compreender a maneira como o cérebro produz a consciência é um dos maiores desafios científicos do nosso tempo. O autor propõe uma alternativa empolgante que poderá desbravar novos caminhos, apresentando argumentos convincentes a favor do pampsiquismo.
«Afirmo que as abordagens tradicionais do materialismo (a consciência pode ser explicada em função de processos físicos no cérebro) e do dualismo (a consciência está separada do corpo e do cérebro) enfrentam dificuldades inultrapassáveis. Com base nisto, advogo uma forma de pampsiquismo, a ideia de que a consciência é uma característica fundamental e ubíqua do mundo físico. Pode parecer um pouco extravagante, mas procuro demonstrar que evita as dificuldades que afligem as teorias rivais.» (Philip Goff)
Sinopse:
Compreender a maneira como o cérebro produz a consciência é um dos maiores desafios científicos do nosso tempo.
Alguns filósofos defendem que a consciência é algo de «extra», que se furta aos mecanismos físicos do cérebro.
Outros pensam que, se continuarmos a utilizar os métodos científicos estabelecidos, as nossas interrogações sobre a consciência virão a ter uma resposta. E alguns sugerem mesmo que o mistério é tão profundo que nunca poderá ser solucionado. Há décadas que se fazem tentativas para explicar a consciência com base no paradigma actual, mas sem grande êxito.
Agora, Philip Goff propõe uma alternativa empolgante que poderá desbravar novos caminhos. Com raízes numa análise dos fundamentos filosóficos da ciência moderna e baseado na obra, que remonta ao princípio do século XX, de Arthur Eddington e Bertrand Russell, Goff apresenta argumentos convincentes a favor do pampsiquismo, uma teoria que propõe que a consciência não está confinada às entidades biológicas mas é uma característica fundamental de toda a matéria física, das partículas subatómicas ao cérebro humano. Esta obra dá o primeiro passo no novo itinerário para uma teoria final sobre a consciência humana.