“Ninguém” é o segundo single deste colectivo, no qual as relações amorosas são o ponto central do texto. Esta música baseia-se numa carta aberta que declara o amor por alguém. Mas declara a quem? Ninguém? É repetido várias vezes no refrão “Eu estou bem, quem ninguém”. Um amor que traz alegria e bem-estar sem fim, ou um manifesto que visa esclarecer que com amor ninguém é feliz? Ninguém tem de saber. A dúvida persiste para sempre, tal como o amor.
Esta faixa faz-se acompanhar de um vídeo realizado por Francisca Carreira, que conduziu o grupo na execução de um trabalho mais conceptual que o anterior que acompanhou o primeiro single “Não Nos Deixem Ir Embora”. Gravado nos armazéns da Cerveja Lince, este videoclipe pretende focar-se na letra da canção e nas cores que rodeiam a música dos Vila Martel, retirando aos elementos da banda a importância que normalmente têm neste género de apresentação.
Vila Martel é um projeto de indie rock cantado em português. O primeiro álbum da banda foi gravado entre Dezembro de 2018 e Janeiro de 2019 nos estúdios Ás de Espadas e Tchatchatcha e vai ser editado no dia 28 de Fevereiro.
O álbum é constituído por 8 temas, compostos por instrumental e voz, sendo que todos os instrumentos presentes neste projecto foram gravados pelos membros dos Vila Martel. Os teclados colocados como plano de fundo, e as guitarras com maior destaque, são a prova de que o indie rock ainda pode ser feito de amplificadores barulhentos e vozes berradas.
A música sempre foi um marco fundamental para todos os membros integrantes dos Vila Martel e, este projecto, procura ser o início de uma carreira musical para os cinco.
Começando sempre pelo instrumental, a base musical evolui até ao trautear de melodias, que posteriormente se transforma nas melodias que criam a base para a escrita das letras. Não havendo uma narrativa definida, existe uma temática comum entre todas as músicas do álbum: a ânsia vivida por estes rapazes de procurar uma vida com significado. Foi do ritmo alucinante a que vivem a presente fase de vida que surgiu o nome do disco. A procura de um trabalho que traga realização pessoal, a falta de oportunidades em Portugal e a partida para o estrangeiro, as relações amorosas e os desgostos que delas surgem. São estes os temas tão presentes no quotidiano dos jovens-adultos que são explorados pelo quinteto lisboeta ao longo da viagem que propõem através da escuta das canções deste disco.
Devido à sonoridade tão caracteristicamente portuguesa da banda, o título do disco Nunca Mais é Sábado tinha de estar de alguma forma ligado ao universo linguístico português. Assim, decidiram utilizar um ditado popular como nome para este trabalho de estreia. Desta correria do dia-dia criou-se a associação a Nunca Mais É Sábado, um provérbio que está ligado ao cansaço que a semana traz e que leva a desejar a chegada do dia de descanso. Este longa-duração é esse dia de descanso. É um desabafo em que se cantam as alegrias e as amarguras da vida. É um momento de paragem para avaliar o percurso que se viveu e que serve para olhar para dentro por forma a traçar-se um futuro mais risonho.