A exposição Mulheres. Entre Renoir e Amadeo reabre as portas de 6 a 11 de abril, oferecendo uma última oportunidade ao público de poder visitá-la. Esta exposição, realizada pelo Município de Oeiras em colaboração com a c2c Creación y Gestión de Proyectos Culturales, a Fundação Fran Daurel e a Fundação Calouste Gulbenkian, é apresentada no Palácio Anjos – Centro de Arte Contemporânea, em Algés. A entrada, gratuita, tem um limite de 30 pessoas segundo as orientações da DGS.
O horário é de terça a domingo das 11H00 às 17H00, última entrada às 16H40. Sábado e Domingo poderá encerrar às 13H00, mediante as orientações do Governo. (Salvaguardamos que esta reabertura poderá ser condicionada pelas orientações apresentadas pelo Governo.)
A exposição é constituída por obras de arte criadas em torno dos turbulentos anos que precedem e acompanham a viragem do século XIX para o século XX e têm como protagonista especial, o rico e diversificado universo feminino.
A seleção de obras de Renoir, Sorolla, Casas, Rusiñol, Nonell, e de muitos outros (pertencentes à coleção da Fundação Fran Daurel), mas também Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Francisco Franco (estas pertencentes à Fundação Calouste Gulbenkian) e ainda Santa Rita Pintor (col. particular), procura aproximar o espectador da visão rica e heterogênea desse campo do feminino, que se tornou um dos mais tratados pelos artistas ao longo da modernidade.
Com curadoria de Helena Alonso, a mostra destaca o interesse de muitos colecionadores privados em mostrar os frutos do seu esforço dedicado a formar e preservar um acervo estruturado e coerente para o público, na convicção de que arte e cultura são veículos de transmissão irrecusáveis de conhecimento e crescimento de toda a sociedade.
Entre as esferas em que se articulou o discurso desta exposição está a do trabalho, uma vez que o naturalismo do final do século XIX faz com que as mulheres sejam frequentemente representadas nessa prespectiva, passando pela esfera privada doméstica, à intelectual, bem como o desejo de ser igual a seus pares na aprendizagem e na prática da pintura ao ar livre.
Soma-se a isso a sobrevivência dos nus, com o Nu sobre o divã amarelo de Sorolla como peça de destaque, além das diferentes formas de representar o retrato feminino durante as décadas anteriores e posteriores à virada do século por alguns dos melhores retratistas do momento, como Francisco Masriera, Sorolla ou Ramón Casas, junto com o desejo de Nonell de refletir a parte mais desfavorecida da sociedade.
A exposição reflete ainda uma clara vocação para o diálogo que nos permite compreender verdadeiramente a História da Arte, integrando obras de artistas portugueses pertencentes a este período intenso e fecundo, que evidencia a intensa relação que alguns dos mais destacados pintores portugueses estabeleceram com artistas espanhóis em Paris, numa procura conjunta de conhecer e incorporar a Modernidade nas suas diferentes linguagens plásticas.