Na era das notícias falsas e da guerra de narrativas, O Amor não Correspondido de Hitler, de Jean-Noël Orengo, arrasa uma das maiores fraudes da História. Esta é uma leitura vertiginosa que desmascara aquele que foi um dos mais poderosos ministros de Hitler. Afinal, como é que um homem que pertenceu à maior e mais vil máquina de morte da história da Humanidade pôde enganar o mundo inteiro?
O Amor não Correspondido de Hitler é um romance que alia qualidade literária a uma personagem fascinante, ainda que do lado errado da História, através de um enredo revelador, provocador e surpreendentemente sedutor. Oferece ainda uma visão importante da Alemanha durante e após o Terceiro Reich e do pensamento pós-guerra através da personagem real de Albert Speer: arquiteto, confidente e ministro do Armamento e da Indústria de Guerra de Adolf Hitler.
Speer foi um dos poucos membros do círculo íntimo do Führer a escapar à pena de morte nos Julgamentos de
Nuremberga (foi condenado a apenas vinte anos de prisão). Durante esse tempo aproveitou para construir uma falsa versão do seu envolvimento na barbárie nazi, versão que, após a sua libertação, foi acolhida com entusiasmo cego por inúmeras pessoas – e não apenas na Alemanha –, algumas com influência política e cultural, ávidas da figura do «bom nazi».
No entanto, Albert Speer sabia de tudo o que se passava durante o período da guerra – soube sempre – e para tal contribuiu. Ainda assim, a sua versão prevaleceu e continua, em muitos círculos, a prevalecer. Neste romance que ajusta contas com a História e a mentira, Jean-Noël Orengo confronta o mito com os factos e questiona, com laivos de atualidade, a construção de narrativas que manipulam a verdade. A figura de Speer torna-se, assim, uma lente para fenómenos contemporâneos, entre os quais as fake news, as teorias da conspiração, as guerras de interpretação e de spin e o aproveitamento da tragédia.
A obra, traduzida por Margarida Madeira, chega às livrarias no dia 15 de maio.
Sobre o Autor
Jean-Noël Orengo nasceu em 1975, é escritor e crítico de cinema. Venceu o Prémio de Flore em 2015 com o seu primeiro livro, La Fleur du Capital. O Amor não Correspondido de Hitler é o seu quinto romance, o primeiro publicado em Portugal.