quarta-feira, 21 de maio de 2025

O MISTY FEST está de regresso



O Misty Fest está de volta em 2025 para a sua 16.ª edição, afirmando-se como um dos festivais mais elegantes e singulares do panorama musical português. Com um alinhamento artístico de excelência, o Misty continua a ser uma referência incontornável para os amantes da música que valorizam experiências únicas, intimistas e emocionalmente envolventes.

Entre os primeiros nomes confirmados destaca-se Joep Beving, pianista e compositor holandês, que regressa a Portugal para celebrar os 10 anos do seu aclamado álbum de estreia Solipsism. Em digressão europeia, Beving fará uma paragem obrigatória no festival, onde apresentará o disco na íntegra, a solo ao piano, num espectáculo que promete uma atmosfera imersiva e profundamente emocional.

Também confirmado está Makaya McCraven, músico americano considerado uma das vozes mais inovadoras do jazz contemporâneo. Baterista, compositor e produtor, McCraven funde jazz, hip-hop e folk global numa linguagem sonora ousada e sofisticada. Com obras emblemáticas como In the Moment e In These Times, é hoje um nome maior da cena internacional. Em palco, cria paisagens sonoras dinâmicas e hipnóticas, desafiando as fronteiras entre géneros e provando que o jazz está mais vivo do que nunca.

Espaço ainda para acolher Gustavo Santaolalla, o famoso compositor argentino que vem celebrar os 25 anos do álbum Ronroco, agora editado em versão remasterizada. Lançado em 1998, o disco impulsionou colaborações com cineastas como Iñárritu e Walter Salles. Vencedor de dois Óscares, Grammys e um Globo de Ouro, Santaolalla também trabalhou na famosa série The Last of Us. Apresenta um concerto único que inicia a sua nova digressão, revisitando Ronroco e outras obras marcantes da carreira.

Do universo ibérico chega-nos Moisés P. Sánchez, artista reconhecido internacionalmente pela sua capacidade de fusão entre jazz, electrónica, música clássica e rock sinfónico. No Misty Fest revela-nos Hidden Places, um espectáculo que convida o público a uma viagem sonora inovadora e surpreendente, abrilhantada por novas composições e revisitações da sua vasta discografia.

Outra estreia a não perder é a da suíça Yumi Ito, cantora e pianista de ascendência polaco-japonesa, cuja voz transcende géneros e fronteiras. Em formato trio, Ito apresenta o seu mais recente trabalho Ysla, explorando temas como a solidão e o renascimento com intensidade lírica e uma impressionante capacidade de improvisação.

Directamente da Alemanha, chegam os Grandbrothers. A dupla de Düsseldorf, formada por Erol Sarp e Lukas Vogel, e reconhecida pela fusão de piano acústico com manipulação electrónica, traz a Portugal um novo álbum e uma experiência hipnótica que cruza a composição clássica com as vanguardas sonora e visual.

Federico Albanese estreia-se no Misty com as canções de Blackbirds and the Sun of October, inspiradas pela paisagem outonal da sua terra natal no norte de Itália. Marcado pelo regresso às raízes e à memória, o mais recente disco do pianista, compositor e produtor italiano toma a dianteira de um concerto luminoso e contemplativo.

O Brasil estará representado pelo Salomão Soares Trio, com o espectáculo Espirais, onde a brasilidade se funde com a liberdade criativa do jazz contemporâneo. Acompanhado por Paulinho Vicente e Felipe Brisola, Soares promete um concerto vibrante, emotivo e repleto de surpresas.

Da selecção nacional, a multipremiada fadista LINA_ vem confirmar todo o seu talento ao lado do compositor e pianista espanhol Marco Mezquida, na apresentação do longa-duração O Fado, a lançar este ano pelo duo. Um diálogo entre uma voz deslumbrante e a simplicidade e vulnerabilidade das teclas traduzido num espectáculo memorável.

A representação portuguesa será também assegurada com grande distinção pelos Danças Ocultas, que celebram 36 anos de carreira com o novo álbum Inspirar. Num regresso às origens e à essência, o quarteto português oferece um concerto intenso e comovente, onde o acordeão diatónico assume o protagonismo de uma música que respira, pulsa e emociona.

Já os guitarristas e compositores José Peixoto e Nuno Cintrão prestam homenagem ao legado imortal da obra de Carlos Paredes, no ano em que se assinala o centenário do seu nascimento. Em palco, os dois músicos propõem-se a explorar e reinventar o universo sonoro do mestre da guitarra portuguesa à luz do presente, mas preservando a sua alma.

Mais nomes serão anunciados em breve, mantendo-se viva a promessa de um festival em constante renovação, fiel ao seu espírito original: a música como uma experiência sensorial, íntima e transformadora.