Ao longo da vida, Julian Barnes votou convictamente em seis partidos diferentes. Porquê? Porque, em cinquenta anos, mudou várias vezes de opinião. Ao longo dos anos mudamos frequentemente de ideias. Na nossa memória, ideias passadas parecem-nos por vezes absurdas; noutros casos, estão ligadas ao tempo que passou – e nos mudou. Um tema pouco abordado sobre o qual o escritor britânico discorre em Mudar de Ideias, de forma simples, divertida e confessional.
Mudar de Ideias reúne uma seleção de cinco ensaios sobre a arte de «mudar de ideias» e, também, sobre o que nos faz ser diferentes com essa mudança. Ao longo destas páginas, inicialmente pensadas para uma emissão de rádio, Barnes interroga-se sobre as implicações da mudança de ideias e das razões por que pensamos que mudámos; como muda a nossa linguagem; como viu a política ao longo dos últimos cinquenta anos (e o que o levou a votar em seis partidos diferentes); como lê e reavalia alguns dos livros da sua vida; e, finalmente, o tempo: como o pensamos, e como enfrentamos a sua natureza mutável ao longo de várias décadas. Sem isso, a vida não teria graça.
Sobre o Autor
Julian Barnes nasceu em Leicester em 1946. Licenciou-se em Oxford (com louvor) em Línguas Modernas. É autor de mais de vinte livros – e um dos mais notáveis escritores da sua geração. Ganhou, em 2011, o prémio Booker por O Sentido do Fim. Três dos seus romances foram, aliás, finalistas deste prémio, entre eles O Papagaio de Flaubert, também galardoado com os prémios Médicis e Femina. A obra de Julian Barnes está praticamente toda publicada na Quetzal, que, a par de cada título novo, recupera os mais importantes da sua backlist.