O mercado de equipamentos eléctricos e electrónicos (EEE) voltou a crescer em 2014, de acordo com os dados de mercado publicados divulgados pela ANREEE (Associação Nacional para o Registo de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos). Os dados recolhidos pela associação, indicam que, os equipamentos eléctricos e electrónicos (EEE) colocados no mercado Português, voltaram a crescer em 2014,quer em unidades quer pesos, pela segunda vez consecutiva, confirmando a tendência de recuperação já observada iniciada em 2012. Foram disponibilizados para o mercado português, quer por empresas nacionais ou estrangeiras, 62.688.153 de equipamentos, que correspondem a 121.944,35 toneladas.
As unidades registaram uma subida mais acentuada, de 6,8%. De uma forma geral cresceu o número de equipamentos colocados em todas as categorias à excepção dos equipamentos de monitorização e controlo (-16,92%) tendo-se registado uma descida quase imperceptível nos grandes electrodomésticos (-2,74%). As ferramentas eléctricas e electrónicas foram a categoria que percentualmente mais cresceu (+24,18%).
Os computadores laptop, notepad e de secretária continuam a ser dos equipamentos mais procurados, tendo todos crescido em unidades, face a 2013. Já os aparelhos de televisão continuam com ciclos negativos tendo, em 2014, voltado a descer 6,5%. A subcategoria 5.6, que engloba as lâmpadas de tecnologia LED, também cresceu cerca de 48%, em detrimento das lâmpadas fluorescentes compactas e clássicas, cujas unidades têm diminuído nos últimos anos.
Os dados divulgados pela ANREEE provêm de 1.680 empresas registadas em Portugal no final de 2014 - um número muito semelhante ao existente no final de 2013. Em 2014 registaram-se 146 novas empresas e anularam-se, ou foram anulados, um número de registos idêntico – o que longe de significar uma estagnação representa um rejuvenescimento do mercado. Recorda -se que o registo é obrigatório para todas as empresas que colocam equipamentos eléctricos e electrónicos no mercado nacional.
As empresas registadas são esmagadoramente nacionais e estão localizadas maioritariamente no distrito de Lisboa, Porto e Aveiro. Do total de registos, há 56 que são estrangeiras, com predominância para as empresas oriundas de Espanha, mas também da Alemanha, Irlanda e Holanda.
Das 146 novas empresas registadas em 2014, a maioria começou a sua actividade enquanto "produtora de EEE" recentemente, em 2013 e 2014. De destacar que este ano foi alcançada a maior taxa de cumprimento declarativo de sempre, com 95,1% das empresas a declararem atempadamente as suas colocações no mercado em 2014.
“Este valor, de 95,1%, demonstra que os números de mercado apresentados têm uma taxa de fiabilidade muito elevada, reflectindo por isso com bastante acuidade, esse mesmo mercado. São resultados que reflectem o empenho e a credibilidade do trabalho desenvolvido pela ANREEE, e que só são possíveis graças também a uma grande colaboração e interacção desta associação com as empresas que nele actuam” explica Rui Cabral, director executivo da ANREEE. A ANREEE tem vindo a registar um aumento contínuo da taxa de cumprimento da obrigação declarativa anual.
“As empresas estão hoje mais despertas e sensíveis às suas responsabilidades. O mercado está também mais maduro e os operadores mais vigilantes e actuantes” conclui Rui Cabral.