A direcção do Doclisboa '16, Cíntia Gil e Davide Oberto, apresentou o programa da 14ª edição. Na mesa estiveram também os parceiros, Miguel Lobo Antunes, da Culturgest; Marina Uva, da EGEAC; Rui Machado, da Cinemateca Portuguesa; e Penelope Curtis, do Museu Calouste Gulbenkian - Coleção Moderna, anunciando assim uma nova parceria e um novo espaço do festival.
Na Competição Internacional apresentamos 18 filmes, 7 dos quais em estreia mundial: Kimi Takesue (EUA), Yuki Kawamura (Japão, França), Maria Giovanna Cicciari (Itália), Ludovica Tortori de Falco (Itália), Féliz Rehm (França), Louis Henderson (Reino Unido), e Maximiliano Schonfeld (Argentina). Nesta selecção de obras, de diferentes formatos e durações, Rita Azevedo Gomes é a presença portuguesa, com o filme Correspondências. Na Competição Portuguesa estarão Marília Rocha, Pedro Neves, Cláudia Varejão, André Marques, Cláudia Rita Oliveira, Miguel Faro, Ida Marie Sørensen, Joana Linda, Mário Macedo, Patrícia Pinheiro de Sousa, Edgar Pêra e Luciana Fina.
Foi anunciada uma nova secção, Da Terra à Lua, fora de competição. Da Terra à Lua traz os mais recentes filmes de realizadores chave do panorama documental, numa viagem onde se coloca em perspectiva o nosso presente colectivo, nos seus diferentes lugares, onde serão mostradas as mais recentes obras de realizadores como Wang Bing, Avi Mograbi, Werner Herzog e Rithy Panh, entre outros.
Na secção Riscos destaca-se a homenagem a Peter Hutton, realizador experimental americano recentemente falecido, num programa assinado por Luke Fowler e Rinaldo Censi. Luke Fowler, candidato ao Turner Prizer em 2012, será também alvo de uma incursão pelos seus filmes. Destacamos Manon de Boer, presença regular no festival, convidada nesta edição a programar uma sessão em torno do seu último filme. How I Fell in Love with Eva Ras, de André Gil Mata, menção especial do grande prémio FidMarseille, será também exibido nos Riscos. O filme de abertura desta secção será Manoel de Oliveira: 50 anos de Carreira, filme realizado em 1981 por Augusto M. Seabra e José Nascimento.
No Cinema de Urgência destacamos a sessão com a presença da Mídia Ninja, conhecido pelo activismo político e que se assume como uma alternativa à imprensa tradicional.Após à sessão haverá um debate com Pablo Capilé.
A segunda edição do Arché, o laboratório de desenvolvimento de projectos do Doclisboa, além de projectos portugueses e espanhóis, abre-se este ano a projectos suíços. Este ano, a Oficina de Escrita e Desenvolvimento de Projecto conta com seis projectos e a Oficina de visionamento com cinco. Será também apresentado um programa de quatro curtas-metragens que traçam um mapa visual de um jovem cinema suíço.
As restantes secções, Heart Beat, Verdes Anos e Doc Alliance mantêm-se, estando o programa do Doclisboa'16 já disponível. O juri do festival será anunciado brevemente.
Este ano o Festival continua a estar presente em toda a cidade, da Culturgest ao cinema São Jorge, da Cinemateca Portuguesa à Fundação Calouste Gulbenkian. Mais uma vez, o mundo em Outubro cabe todo em Lisboa.