A 23 de Setembro, chega às livrarias
portuguesas o livro O Euro, do académico norte-americano Joseph E.
Stiglitz, que pretende mostrar que o mandato do Banco Central Europeu
está erradamente obstinado pelo controlo da inflação.
Assim, o autor propõe três alternativas: uma reforma profunda na
estrutura da Zona Euro e nas políticas impostas aos países-membros mais
atingidos; uma gestão cuidada para acabar com a Zona Euro; ou um novo
sistema corajoso, apelidado de "euro flexível".
«Se a análise efetuada neste livro estiver correta, a crise do euro está
longe de acabar (…) Todavia, estes jogos não são mais recomendáveis do
que qualquer outra hipocrisia. A Zona Euro será atingida por outros
choques e os países mais debilitados serão, de novo, atirados para a crise
– tal como existe hoje, a Zona Euro pura e simplesmente não tem a flexibilidade necessária para que os mais frágeis
saiam beneficiados e, na melhor das hipóteses, prevê-se que o seu crescimento seja muito lento.»
Esta é uma leitura urgente e essencial, que inclui um capítulo escrito após o referendo que deu origem à saída
britânica da União Europeia, o Brexit, apresentando uma reflexão sobre as questões que lhe estão associadas.
Joseph E. Stiglitz foi Prémio Nobel da Economia em 2001 e Prémio Nobel da Paz em 2007, tendo sido nomeado em
2011 uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
Sobre o Autor
Joseph E. Stiglitz nasceu nos Estados Unidos da América em 1943. Doutorou-se no
MIT em 1967, tornou-se professor da Universidade de Yale em 1970 e, em 1979,
foi agraciado com o Prémio Clark Bates John. Lecionou em Princeton, Stanford,
MIT e Columbia, de 1993 a 1995, e foi conselheiro económico da administração
Clinton e presidiu ao Conselho de Assessores Económicos (CEA) entre 1995 e
1997. Desde então e até 2000 foi economista-chefe e vice-presidente do Banco
Mundial. Em 2001 ganhou o Prémio Nobel da Economia pelos trabalhos de análise
de mercados com informação assimétrica e, em 2007, partilhou o Prémio Nobel
da Paz enquanto redator principal do relatório do Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas.
Em 2011, a revista Time nomeou-o uma das 100 pessoas mais influentes do
mundo. Desde a crise de 2008, Stiglitz tem-se destacado como um dos académicos mais empenhados na busca de
soluções para os grandes desafios do século XXI.