segunda-feira, 19 de setembro de 2016

«O Euro», de Joseph E. Stiglitz - Pode a Europa prosperar sem a moeda comum?


A 23 de Setembro, chega às livrarias portuguesas o livro O Euro, do académico norte-americano Joseph E. Stiglitz, que pretende mostrar que o mandato do Banco Central Europeu está erradamente obstinado pelo controlo da inflação. 
Assim, o autor propõe três alternativas: uma reforma profunda na estrutura da Zona Euro e nas políticas impostas aos países-membros mais atingidos; uma gestão cuidada para acabar com a Zona Euro; ou um novo sistema corajoso, apelidado de "euro flexível". 
«Se a análise efetuada neste livro estiver correta, a crise do euro está longe de acabar (…) Todavia, estes jogos não são mais recomendáveis do que qualquer outra hipocrisia. A Zona Euro será atingida por outros choques e os países mais debilitados serão, de novo, atirados para a crise – tal como existe hoje, a Zona Euro pura e simplesmente não tem a flexibilidade necessária para que os mais frágeis saiam beneficiados e, na melhor das hipóteses, prevê-se que o seu crescimento seja muito lento.»
Esta é uma leitura urgente e essencial, que inclui um capítulo escrito após o referendo que deu origem à saída britânica da União Europeia, o Brexit, apresentando uma reflexão sobre as questões que lhe estão associadas. 
Joseph E. Stiglitz foi Prémio Nobel da Economia em 2001 e Prémio Nobel da Paz em 2007, tendo sido nomeado em 2011 uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.

Sobre o Autor

Joseph E. Stiglitz nasceu nos Estados Unidos da América em 1943. Doutorou-se no MIT em 1967, tornou-se professor da Universidade de Yale em 1970 e, em 1979, foi agraciado com o Prémio Clark Bates John. Lecionou em Princeton, Stanford, MIT e Columbia, de 1993 a 1995, e foi conselheiro económico da administração Clinton e presidiu ao Conselho de Assessores Económicos (CEA) entre 1995 e 1997. Desde então e até 2000 foi economista-chefe e vice-presidente do Banco Mundial. Em 2001 ganhou o Prémio Nobel da Economia pelos trabalhos de análise de mercados com informação assimétrica e, em 2007, partilhou o Prémio Nobel da Paz enquanto redator principal do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Em 2011, a revista Time nomeou-o uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Desde a crise de 2008, Stiglitz tem-se destacado como um dos académicos mais empenhados na busca de soluções para os grandes desafios do século XXI.