Dois homens, Marcel e Norberto, atravessam, juntos, todo o tempo de uma vida.
Escolheram, para viver, a ficção, e é nela que são clandestinos. Com eles vêm
encontrar-se João Francisco e Otília. Ele, violinista e professor de música, ela,
a sua jovem neta, ambos na busca incessante do sublime, também eles recusados
pela realidade. Um homem que escrevia azulejos – que reencontrou a
utopia e gostava da sátira – reparou neles, e pintou-os com palavras.