Nem tudo o que luz na «ciência da felicidade» é ouro, pelo que devemos abordá-la com cautela e às suas promessas tentadoras. Esta é uma das premissas do livro-sensação A Ditadura da Felicidade, do psicólogo espanhol Edgar Cabanas e da socióloga marroquina Eva Illouz, a que os leitores portugueses poderão ter acesso a partir de sexta-feira, dia 20 de Setembro.
Este livro ataca frontalmente a indústria da felicidade e do desenvolvimento pessoal. Os autores desmascaram as origens da «ciência da felicidade» e exploram as implicações de um fenómeno que se conta entre os mais sedutores e inquietantes do nosso século. A Ditadura da Felicidade é uma obra urgente, acessível e provocadora.
Sinopse
O livro-sensação que ataca frontalmente a indústria da felicidade e do desenvolvimento pessoal, por dois dos
autores mais influentes a nível mundial, de acordo com Der Spiegel e L'Obs. Uma obra urgente, acessível e
provocadora.
A indústria da felicidade, que movimenta milhões de euros, garante transformar os indivíduos em pessoas capazes
de dominarem os seus sentimentos negativos, e de tirarem o melhor partido de si próprias por meio do controlo
completo dos desejos improdutivos e dos pensamentos derrotistas.
Porém, não estaremos perante um novo ardil que visa convencer-nos, uma vez mais, de que a riqueza e a pobreza, o
êxito e o falhanço, a saúde e a doença são única e exclusivamente da nossa responsabilidade? E se o propósito da
chamada «ciência da felicidade» for a criação de um modelo social individualista que renega qualquer ideia de
comunidade?
Sobre os Autores
Edgar Cabanas, nascido em Madrid em 1985, é doutorado em Psicologia pela Universidade
Autónoma de Madrid. Especialista em psicologia básica, psicologia social e das emoções, e
história da psicologia, é professor na Universidade Camilo José Cela, em Madrid, e
investigador associado no Max Planck Institute for Human Development, em Berlim. É
também investigador em numerosos projetos internacionais e coorganizador da rede
académica internacional «Popular Psychology, Self-Help Culture and the Happiness Industry».
Eva Illouz, nascida em Fez, Marrocos, em 1961, é professora de Sociologia e Antropologia na
Hebrew University of Jerusalem e na École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris.
Colunista do diário israelita Haaretz, é autora de numerosos artigos e livros traduzidos em
diversas línguas, entre os quais Saving the Modern Soul: Therapy, Emotions, and the Culture of
Self-Help (2009), Cold Intimacies: The Making of Emotional Capitalism (2011) e Why Love
Hurts: A Sociological Explanation (2011). Em 2018, recebeu o prémio EMET, o maior galardão
científico de Israel, e foi condecorada com a Legião de Honra de França.