É um problema urgente. Tão urgente que o filósofo francês Maxime Rovere, especialista em Espinosa – e em Casanova, de quem escreveu uma biografia –, resolveu interromper os seus trabalhos universitários para se debruçar sobre o tema: «Vou apostar que poderemos em poucas páginas estudar os estúpidos enquanto dispositivos complexos, sem seduzir nem usar linguagem hermética mais do que o estritamente necessário». Nasce assim O Que Fazer dos Estúpidos – E Como Deixar de Ser Um Deles, o livro que a Quetzal faz chegar às livrarias já a 14 de Fevereiro, com tradução de Sarah Adamopoulos.
Os filósofos podem combater a estupidez e considerá-la um adversário – e até, pelo menos teoricamente, uma forma de inteligência. Isto pode esclarecer a natureza da estupidez e ajudar a combatê-la — mas o problema são os estúpidos. É essa a pergunta: e os estúpidos que encontramos no dia a dia, no emprego, nos transportes, na família, entre os nossos vizinhos, amigos e amantes? Os estúpidos são um problema delicado e muito mais importante do que a estupidez propriamente dita. A sua existência constitui um problema teórico e filosófico extremamente complexo. São obstinados, agressivos, oportunistas – e, às vezes, inteligentes. O que fazer com eles?
Com humor, ironia e recurso à filosofia, Maxime Rovere trata de explicar como resistir-lhes, como escutá-los, como o Estado os protege, como nos ameaçam – e porque é que eles preferem destruir a construir, por que motivo governam o mundo e ganham sempre.