O que tem em comum a equipa de Fórmula 1 da Mercedes-Benz e a Google?
E o que partilha a equipa de ciclismo Team Sky com a indústria da aviação?
Porque se inclui David Beckham e a Pixar na mesma equação de sucesso?
Segundo Matthew Syed a resposta é simples: o «pensamento caixa negra».
É sob esta premissa que o autor escreveu «Caixa Negra», um best-seller
internacional que chega a Portugal a 9 de setembro, pela GestãoPlus. Este
livro, que se foca no percurso até ao sucesso, recorre a uma metáfora simples
e impactante: «Cada avião está equipado com duas caixas negras quase
indestrutíveis, sendo que uma delas grava as instruções que são enviadas
para os sistemas eletrónicos a bordo, enquanto a outra grava as conversas e
os sons dentro do cockpit. Se houver algum acidente, as caixas são abertas, a
informação é analisada, e a razão para o acidente é trazida à tona. Este
processo garante a mudança de procedimentos, para que nunca volte a
ocorrer o mesmo erro», afirma Matthew Syed no início do livro.
Com base neste exemplo, o autor explora as infindáveis formas de lidar e
aprender com os erros, recorrendo ao «pensamento caixa negra», integrando
este conhecimento na sua estratégia para o sucesso, seja qual for o
empreendimento.
Com recurso a inúmeros exemplos práticos, como o voo 173 da United
Airlines, as sangrias praticadas por médicos medievais e até à análise de
argumentos a favor e contra a sua inscrição no ginásio, Matthew Syed explora as várias vertentes que possibilitam o caminho ao sucesso e quais são os comportamentos-padrão que
potenciam o cometimento recorrente de erros.
«Quando vemos o fracasso a uma nova luz, o sucesso torna-se um conceito novo e emocionante. A competência já
não é um fenómeno estático, algo reservado a pessoas e organizações incríveis com base numa superioridade fixa.
Em vez disso, é vista como uma dinâmica na natureza: algo que cresce, à medida que nos esforçamos para afastar as
fronteiras do nosso conhecimento (…). Olhamos, assim, com entusiasmo para o espaço infinito que vai além daquilo
que compreendemos de momento, e atrevemo-nos a entrar em território incerto, descobrindo novos problemas à
medida que vamos encontrando novas soluções, tal como grandes cientistas.»