Manon de Boer, Karen Akerman, Kathrin Kohlstedde, Valérie Massadian e Ludovic Lamant serão os jurados da Competição Internacional, que este ano conta com 18 filmes de 13 países e 7 estreias mundiais. Na Competição Portuguesa estarão Alexandra Carmo (Xana), Emily Wardill e Mads Mikkelsen. Este ano a Competição Portuguesa compreende 12 filmes e 9 estreias mundiais. No júri dos Verdes Anos estarão Leonor Teles, Giulio Vita e Nuno Lisboa, secção que este ano terá uma competição própria.
Manon de Boer explora a relação entre linguagem, tempo e reivindicações da verdade, para produzir uma série de retratos cinematográficos em que o próprio meio do cinema é continuamente questionado. Tem exposto internacionalmente, por exemplo, na Bienal de Veneza (2007), Bienal de São Paulo (2010), dOCUMENTA (2012), Museu de Arte de Filadélfia e Secessão, em Viena (2016). Os seus filmes também foram mostrados em festivais como o FID Marseille, IFFR Rotterdam e Viennale.
Karen Akerman é montadora e realizadora. Em parceria com Miguel Seabra Lopes, realizou os filmes Incêndio (2011), Outubro acabou (2015), Talvez Deserto Talvez Universo (2015) e Confidente (2016). O seu trabalho foi exibido e premiado nos festivais de Locarno, Toronto, Roterdão, San Sebastian, Havana, Cinéma du Réel, Visions du Réel, Doclisboa, Indie Lisboa, Brasília e Rio, entre outros.
Kathrin Kohlstedde estudou filosofia e ciência política na Universidade Católica de Eichstätt-Ingolstadt, na "busca das formulações certas para as questões deste mundo." É directora de programação do Festival de Cinema de Hamburgo, com o qual colabora desde 1999. Foi júri em festivais como o Fórum Berlinale (júri independente), Olhar de Cinema Brasil, RVCQ Montréal ou Crossing Europe Linz.
Valérie Massadian começou como fotógrafa, fazendo apresentações de diapositivos e instalações no Japão, França, Inglaterra e EUA. Em 2011, criou uma produtora e realizou a sua primeira longa-metragem, Nana, Melhor Primeira Obra em Locarno 2011. Desde então realizou várias curtas-metragens, exibidas em vários festivais internacionais de cinema (Locarno, Viennale, Alternativa) e uma pequena obra, Precious, incluída na última longa-metragem de Steve Dwoskin, Age is…
Ludovic Lamant é um jornalista baseado em Bruxelas, a trabalhar para o sítio independente e de investigação Médiapart, centrando-se em especial na crise da União Europeia. Foi crítico de cinema dos Cahiers du Cinéma e colaborador da revista francesa Vacarme. Em 2016, publica Squatter le Pouvoir - Ces rebelles qui ont pris les Mairies d’Espagne, um livro sobre política espanhola.
Emily Wardill é uma artista e realizadora inglesa. O seu trabalho tem sido exposto internacionalmente, tendo sido seleccionado para a Art Basel ou para a Bienal de Veneza. Wardill realizou várias curtas e longas-metragens, que foram seleccionadas para vários festivais, como Roterdão, Oberhausen ou Toronto.
Mads Mikkelsen é programador e coordenador do comité de selecção no CPH:DOX – Festival Internacional de Cinema Documental de Copenhaga – desde 2008. Mads estudou cinema nas universidades de Copenhaga e Estocolmo e foi assistente na Film-Makers’ Cooperative, em Nova iorque. É programador associado no Instituto do Cinema Dinamarquês/Cinemateca, além de ter gerido vários clubes de cinema e colaborado com várias revistas e publicações sobre cinema.
Alexandra Carmo, conhecida simplesmente por Xana, é uma cantora e compositora portuguesa, vocalista da banda Rádio Macau. Nos vários interregnos da banda, Xana gravou dois álbuns a solo e licenciou-se em Filosofia, fazendo depois o doutoramento com o título Henri Maldiney: vertigem da existência e arte existencial.
Giulio Vita estudou jornalismo (na Venezuela) e cinema (em Espanha). Em 2012, fundou o Festival Internacional de Cinema de La Guarimba, de que é director artístico e que tem lugar em Amantea, uma pequena vila de 15 000 habitantes. Em 2014, junto com Sara Fratini, fundou La Scuola delle Scimmie, a primeira escola independente de cinema e ilustração. Em 2016, dirigiu o projecto Cinema Ambulante para integrar refugiados e população local.
Leonor Teles licenciou-se em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema (2013) e possui o Mestrado em Audiovisual e Multimédia pela Escola Superior de Comunicação Social (2015). Em 2016, Balada de um Batráquio, a sua primeira curta-metragem, ganha o Urso de Ouro para Melhor Curta-Metragem na 66ª Berlinale. Actualmente, Leonor trabalha maioritariamente em documentário e no ramo da fotografia para cinema e publicidade.
Nuno Lisboa é director do Doc’s Kingdom, o Seminário Internacional de Cinema Documental organizado pela Apordoc desde 2000. Docente no curso de Som e Imagem da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha. Licenciado em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa. Programador do 64º Flaherty Film Seminar 2017.
Na edição de 2016 serão atribuídos os seguintes prémios - Grande Prémio Cidade de Lisboa para melhor filme da Competição Internacional; Prémio SPA do Júri da Competição Internacional; Prémio Doclisboa para melhor curta-metragem (até 40′), transversal a Competições e Riscos (o vencedor será pré-nomeado ao Óscar de Melhor Documentário de curta-metragem); Prémio José Saramago Fundação José Saramago e Livraria Lello para o melhor documentário falado maioritariamente em Língua portuguesa, galega ou crioulo de origem portuguesa (transversal a Competições e Riscos); Prémio Ingreme / Doclisboa para Melhor Filme da Competição Portuguesa; Prémio Kino Sound Studio do Júri da Competição Portuguesa; Prémio Escolas ETIC — para melhor Filme da Competição Portuguesa; Prémio do Jornal PÚBLICO para melhor Filme Português transversal a Competições, Riscos, Heart Beat e da Terra à Lua.
Na Competição Verdes Anos será atribuído o Prémio La Guarimba (uma residência oferecida pelo festival Italiano La Guarimba, a ter lugar ao longo de 10 dias no Sul de Itália, na cidade de Cleto, em 2017, com vista ao desenvolvimento de uma curta-metragem) e o Prémio Especial do Júri Verdes Anos (uma bolsa de participação no seminário Doc’s Kingdom, a realizar em Setembro de 2017).
O Doclisboa decorre entre 20 e 30 de Outubro e estará presente em toda a cidade, da Culturgest ao Cinema São jorge, da Cinemateca Portuguesa à Fundação Calouste Gulbenkian. Em Outubro, o mundo cabe todo em Lisboa.