quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Vodafone Mexefest


Uma das premissas do Vodafone Mexefest é a diversidade de géneros. Jagwar Ma, Meg Baird e os Octa Push são as mais recentes confirmações e ilustram-na na perfeição.

Originalmente uma dupla mas, dir-se-ia, efetivamente um trio, os Jagwar Ma chegam de Sydney e são formados por Gabriel Winterfield, Jono Ma e Jack Freeman. Este ano estão de volta com “Every Now & Then”, segundo disco de originais, que já tem como avanços em formato single “O B 1” e “Give Me A Reason”. A receita, estreada com “Howlin’” de 2013, é a mesma e imbatível: canções fortes de rock, psicadelismo e eletrónica. Admirados pelo público e pelos pares, já partilharam palcos com nomes como Foals, The XX ou Tame Impala e, em 2016, marcaram presença em festivais como Glastonbury, Green Man, FYF Los Angeles, Bumbershoot ou Lollapalooza Berlin. Em Portugal, o lugar que se lhes encaixa na perfeição chama-se Vodafone Mexefest.

Meg Baird é dona de uma voz imaculada. Com Greg Weeks, genial músico de Filadélfia, fundou os Espers e muito recentemente, depois de ter constituído outro coletivo, as The Baird Sisters, integrou os Heron Oblivion, com excelsos membros dos Comets on Fire e Assemble Head. Baterista, cantora e compositora, já colaborou com Will Oldham, Kurt Vile, Sharon Van Etten ou Steve Gunn. A solo lançou três discos lindíssimos de sonoridades folk. Num jeito clássico, muito cristalino, estreou-se em 2007 com “Dear Companion”, quatro anos depois editou “Seasons on Earth”, e no ano passado o incrível “Don’t Weigh Down the Light”, gravado na cidade onde vive, São Francisco. Meg Baird é uma música completa que faz da beleza o elemento protagonista das suas composições.

A música dos Octa Push funde o que de melhor se pode retirar das influências da música lusófona com ligações aos PALOP, com os ritmos mais urbanos da eletrónica. Os irmãos Bruno e Leonardo Guichon fazem música há cerca de dez anos, mas só em 2008 decidiram dar corpo e alma aos Octa Push. “Oito”, o álbum de estreia, chegou em 2013, confirmando o potencial da dupla de Carcavelos/Lisboa como um dos projetos mais criativos e arrojados da música nacional, tendo conquistado o título de álbum do ano para a imprensa especializada. Em 2016, os Octa Push regressam mais fortes do que nunca com novo trabalho de originais. “Língua” é um disco obrigatório, escrito quase inteiramente em português. É uma homenagem à música lusófona, feita nos últimos 40 anos, com a colaboração de convidados tão ilustres e ecléticos como Batida, Maria João, Tó Trips (Dead Combo), João Gomes (Orelha Negra), Cachupa Psicadélica, Cátia Sá (ex-Guta Naki), Ary (Blasted Mechanism), entre outros. Depois de terem já pisado palcos internacionais, os Octa Push prometem agora conquistar o público do Vodafone Mexefest.

O bilhete único válido para os dois dias do Festival encontra-se já à venda nos locais habituais pelo valor de 45€, passando a custar 50€ nos dias do Festival.