Esta semana dentre as várias estreias de cinema nas salas nacionais o "Cultura e não Só" destaca as seguintes:
Inferno
Quando Robert Langdon, professor de simbologia da Universidade de Harvard (EUA), desperta amnésico numa cama de hospital em Florença (Itália), fica desorientado. Sienna Brooks, uma das médicas que o assiste, explica-lhe que, dois dias antes, deu entrada nas urgências com ferimentos de bala. À medida que o ajuda a recuperar a memória, apercebem-se de que ele está envolvido numa conspiração internacional que aparenta colocar em risco a sobrevivência de toda a Humanidade. Numa corrida contra o tempo que os arrasta para o desconhecido, vêem-se obrigados a seguir estranhas pistas relacionadas com a simbologia oculta encontrada em "Inferno", a primeira parte da célebre obra "A Divina Comédia", do escritor florentino Dante Alighieri (1265-1321) …
Baseado no "best-seller" homónimo de Dan Brown, esta é a terceira aventura adaptada ao cinema do simbologista Robert Langdon (mais uma vez interpretado por Tom Hanks), o herói que encontrámos em "O Código Da Vinci" e "Anjos e Demónios" (que, tal como "Inferno", foram realizados por Ron Howard). O argumento fica a cargo do realizador e argumentista David Koepp, conhecido por filmes como "Espíritos Inquietos" (1999), "A Janela Secreta" (2004) ou "Encomenda Armadilhada" (2012). Para além de Hanks, o elenco inclui Felicity Jones, Ben Foster, Omar Sy e Irrfan Khan.
As Armas de Jane
EUA, finais do século XIX. Depois de um passado de privações, Jane construiu uma nova vida com o marido, Bill "Ham" Hammond, e a filha nas áridas planícies do Oeste. Mas, quando Bill regressa a casa com ferimentos graves depois de se envolver num tiroteio com John Bishop e o seu bando de criminosos, Jane sabe que a sua família corre perigo. Sem saber o que fazer, decide pedir ajuda a Dan Frost, um homem com quem teve um relacionamento no passado e que se tornou a única pessoa de confiança. Apesar de relutante em envolver-se com a mulher que nunca deixou de amar, Dan resolve ajudá-la…
Um "western" dirigido por Gavin O'Connor ("Miracle", "Orgulho e Glória", “Warrior - Combate Entre Irmãos") e co-escrito por Brian Duffield, Joel Edgerton (que também protagoniza) e Anthony Tambakis. No elenco surgem ainda Natalie Portman, Noah Emmerich, Rodrigo Santoro, Boyd Holbrook e Ewan McGregor, entre outros.
O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu
Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu na cidade do Porto a 11 de Dezembro de 1908, no seio de uma família da alta burguesia com origens na pequena fidalguia rural. À data da sua morte, a 2 de Abril de 2015, com 106 anos de vida, era o mais velho realizador do mundo em actividade. O Governo português decretou dois dias de luto nacional e a Câmara do Porto três dias de luto municipal.
Manoel de Oliveira é autor de 32 longas-metragens e, apesar de uma periodicidade rarefeita nas primeiras décadas, acabaria por realizar quase sete dezenas de títulos, desde que, em 1931, se iniciou com a curta-metragem "Douro, Faina Fluvial".
Através de "O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu", que mistura documentário e ficção, o realizador João Botelho tenta fazer um filme que serve, nas suas palavras, "como uma introdução à obra de Oliveira, uma divulgação de algumas das suas invenções cinematográficas e um manifesto contra o esquecimento, a perda da memória", sendo também "uma viagem ao cinema de Oliveira, ao seu método, ao seu modo de filmar, às suas prodigiosas invenções cinematográficas (…). E como, para ele, e agora para mim, documentário e ficção vão de par – de cinema se trata – atrevi-me a filmar uma história magnífica, que o Manoel amava mas nunca filmou, que deixou para trás. Como se a mão dele e os seus olhos lá perto de Deus, ou no meio dos Deuses, me conduzissem. Para que, ainda hoje, ele possa, através de mim, continuar a filmar".