Disponível nas livrarias desde o dia 16 de Setembro, O Homem Que Escrevia Azulejos é um retrato sublime do poder, e do poder redentor da arte e do amor.
Depois da sua estreia em ficção com O Chamador (2014) – também publicado pela Quetzal Editores e já na segunda edição –, Álvaro Laborinho Lúcio traz agora um romance que debate e ilumina algumas das grandes ideias do quotidiano contemporâneo, enquanto observa a falência das sociedades em que vivemos.
O Homem Que Escrevia Azulejos conta a história de dois homens (Marcel e Norberto) que atravessam, juntos, todo o tempo de uma vida. Escolheram, para viver, a ficção – e é nela que são clandestinos. A eles se juntam João Francisco e Otília, avô e neta, ambos na busca incessante do sublime, igualmente recusados pela realidade. Um homem que escrevia azulejos – que reencontrou a utopia e gostava da sátira – reparou neles e pintou-os com palavras.
«E o meu sonho renasceu. Estava ali o milagre para a sua realização. Eu continuava sem saber pintar, ou desenhar. Mas não precisava de pintar os azulejos. Podia muito bem escrevê-los. Escrever neles os sonhos da minha vida.
A trama, no conjunto final, teria sempre que ser mais do que a soma dos azulejos. E se fosse um romance? Talvez um romance satírico. O esmalte vidrado vem criar uma dúvida persistente, quando se pretende distinguir o que parece ser do que realmente é. Dúvida boa, esta, para inspirar a sátira.
Foi o que decidi fazer. Talvez seja essa a coisa importante que tenho para realizar na vida. Talvez, um dia, ainda venha a ser recordado como o homem que escrevia azulejos.»