sábado, 7 de setembro de 2019

Crónica de Actualidade Politica - Argentina Marques


Eleições legislativas, as mais concorridas

A um mês das eleições legislativas, estas vão ser seguramente as eleições mais concorridas em número de partidos, reforçada pelo surgimento de quatro novas forças políticas: Aliança, RIR, Chega e Iniciativa Liberal.
Dos novos partidos, dois destes, Aliança e Iniciativa Liberal, pela ideologia defendida de Liberalismo clássico e económico, ameaçam retirar votos ao Partido Social Democrata e consequentemente contribuir para aumentar a distância entre os dois principais partidos portugueses. Além da divisão de votos do especto Centro-Direita, o Partido Social Democrata enfrenta ainda a arriscada jogada de apresentar caras novas em praticamente todas as capitais de distrito, podendo funcionar como um pau de dois bicos. Se por um lado, com esta aposta, Rui Rio consegue demarcar-se dos interesses instalados do partido, por outro, a imagem ainda não consolidada de muitos destes candidatos, nomeadamente junto daqueles com menor literacia digital, pode jogar contra a pretensão de atingir um bom resultado destas eleições.
O Partido Socialista, como é normal dos partidos que estão no poder, tem a tarefa mais facilitada, aproveitando as iniciativas bem-sucedidas apresentadas ao longo destes quatro anos para reforçar a sua imagem junto dos eleitores. Apresentando-se como um candidato com confiança na vitória, António Costa tem evitado falar em maioria absoluta, mas creio que no fundo tem esse objetivo em vista.
Quanto aos restantes partidos com representação parlamentar, o Bloco de Esquerda tem demonstrado esperar repetir os bons resultados das Eleições Europeias, afirmando-se como o terceiro maior partido a nível nacional, mas sobretudo evitar a maioria absoluta do PS, que seria desastroso em termos de afirmação política interna. O PAN espera reforçar a sua presença na Assembleia da República, enquanto a CDU e o CDS fazem tudo para que não se repita o desastre das últimas eleições europeias.
Em termos de número de votantes, existe alguma expectativa sobre se a evolução crescente da abstenção se mantém ou se o apelo ao voto do Presidente da República, da Comissão Nacional de Eleições e das forças políticas surge algum efeito. No entanto, consultando os resultados desde as eleições em democracia, a expetativa não é muito animadora, salientando os 8% de abstenção em 1975, por contrapartida dos 42% em 2011 e 44% em 2015.

Apresentação Argentina Marques

O meu nome é Argentina Marques, tenho 44 anos e sou Economista. 

Atualmente sou Diretora Financeira da Nova SBE e nestes últimos anos especializei a minha atividade profissional na Gestão Orçamental, em entidades como o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e a Direção Geral do Orçamento. 

A paixão pela intervenção pública levou-me a abraçar desde jovem a participação em Órgãos Autárquicos e Associativos, bem como o comentário político na rádio Sesimbra FM e em diversos jornais como o Sesimbrense, Jornal de Sesimbra, Nova Morada e Sesimbra à Quinta. 

Nas últimas eleições autárquicas liderei a candidatura de um Movimento Independente de Cidadãos, experiência que considero muito enriquecedora no seio da democracia portuguesa.