A longa-metragem Campo , realizada por Tiago Hespanha e produzida pela Terratreme, estreia nas salas de cinema no dia 26 de Setembro.
Filmado em Alcochete, na maior base militar na Europa, este filme parte da experiência deste lugar para reflectir sobre a natureza das coisas, físicas e humanas, transcendentes e misteriosas, aqui presas num ciclo de repetição permanente. "Aproximei-me dos homens e dos animais que aqui habitam e encontrei excitação, obsessão, curiosidade mas também rotina e aborrecimento. Mas o que vivi apontava sempre para a transcendência do mundo e da vida, maiores que este lugar", afirma Tiago Hespanha, realizador de CAMPO e sócio fundador do colectivo Terratreme. Hespanha assinou a realização de filmes como Revolução Industrial (corealização Frederico Lobo, 2014), Visita Guiada (2009) ou O Presente que Veio de Longe (2008).
Campo tem sido exibido em festivais de todo o mundo (Cinéma du Réel, Hotdocs, Hong Kong International Film Festival), tendo recebido o Prémio First Look no Festival de Locarno em 2018 para apoio à pós-produção e o Prémio Melhor Realizador para Longa Metragem Portuguesa no IndieLisboa 2019.
Além desta estreia comercial em Portugal, está também assegurada a distribuição comercial de Campo na Alemanha e Brasil ainda em 2019 e em Espanha em 2020.
Depois de Campo, a produtora Terratreme vai ainda estrear nas salas portuguesas Tempo Comum de Susana Nobre e Alva de Ico Costa, em Outubro e Novembro, respectivamente.
Campo tem o apoio financeiro da RTP e do ICA.
Sinopse
A palavra ‘campo’ vem do latim capere (capturar). Na Antiguidade, nos arredores de Roma ficava o ‘Campo de Marte’, o terreno onde se treinavam os soldados. Hoje, nos arredores de Lisboa, fica a maior base militar da Europa. Neste campo, encontrei militares a treinarem missões fictícias, enquanto astrónomos observam estrelas e um rapaz toca piano para veados selvagens que espreitam os homens à noite. Aqui vi a vida manifestar-se nas suas dimensões mais extremas e, aparentemente, contraditórias. CAMPO parte da experiência deste lugar para reflectir sobre a natureza das coisas, físicas e humanas, transcendentes e misteriosas, aqui presas num ciclo de repetição permanente