A mais recente curta-metragem de Pedro Peralta, Noite Perpétua, foi seleccionada para integrar a secção competitiva Zabaltegi-Tabakalera do Festival Internacional de San Sebastián, que se realiza de 18 a 26 de Setembro 2020.
Produzido pela Terratreme, com coprodução com a francesa KinoElektron e com distribuição internacional da Agência da Curta Metragem, Noite Perpétua parte de acontecimentos ocorridos no rescaldo da Guerra Civil Espanhola, no ano de 1939.
Em 2010 um artigo do jornal Público levou-me a travar conhecimento com o branqueamento da memória da repressão Franquista em Espanha. Dos muitos relatos, um marcou-me profundamente: ‘Quando eles chegaram, a minha mãe percebeu logo o que ia acontecer. Pediu para dar de mamar à minha irmã e depois levaram-na. Tinha 31 anos e o corpo nunca mais apareceu.’ Este é o relato de Aurora Navas, filha de Matilde Sánchez, cidadã Espanhola assassinada por falangistas. Pressenti logo, nesta descrição, um complexo dilema humano., avança o realizador.
Esta é a segunda curta-metragem de Pedro Peralta, que em 2016 realizou Ascensão, obra que teve estreia internacional na Semana da Crítica do Festival de Cannes no mesmo ano e esteve presente em cerca de 70 festivais por todo o mundo, tendo recebido inúmeros prémios, como Prémio Árvore da Vida para Filme Português no IndieLisboa, Melhor Curta Metragem e Prémio do Júri no Kyiv International Film Festival «Molodist», Prémio Des Enfants de La Licorne no Festival International du Film d'Amiens, entre outros.