No ano em que se assinalam os 500 anos da morte de Pedro Álvares Cabral é, mais do que nunca, importante lembrar a vida e obra deste homem, que deixou o seu nome inscrito na História da Humanidade. Pedro Álvares Cabral e a Primeira Viagem aos Quatro Cantos do Mundo, livro do historiador José Manuel Garcia que a Temas e Debates edita no próximo dia 14 de Agosto, é o relato factual possível da vida e da viagem extraordinária deste que foi o primeiro homem a ter ido aos quatro cantos do planeta.
Se ter sido o descobridor do Brasil lhe assegurou protagonismo na História dos Descobrimentos portugueses, o facto de Pedro Álvares Cabral ter comandado a primeira expedição documentada a unir Europa, América do Sul, África e Ásia concedeu-lhe um lugar verdadeiramente proeminente na História Universal – «uma realização que, além de iniciar a vigorosa irmandade que une o Brasil e Portugal, foi um dos feitos mais notáveis na série daqueles que permitiu unir os homens e os espaços.» E é com base nos documentos oficiais da época – cartas, diários de bordo, mapas, etc. – que José Manuel Garcia procura reconstituir os seus passos. Dividido em cinco partes, ao longo das páginas o autor dá-nos a conhecer a biografia de Pedro Álvares Cabral, os antecedentes do descobrimento do Brasil, a navegação da sua armada entre Lisboa e as terras de Vera Cruz, a viagem desde o Brasil até à Índia – destino oficial da missão de Pedro Álvares Cabral – e ainda o regresso do navegador a Portugal.
Sinopse
«Pedro Álvares Cabral ocupa um lugar proeminente na História Universal pelo que é particularmente importante evocar
a sua memória quando se celebram os quinhentos anos da sua morte. O facto de ter sido o descobridor do Brasil
assegura-lhe o justo protagonismo que tem, mas o significado da sua figura é muito mais importante na medida em que
foi o primeiro homem a ter ido aos quatro cantos do mundo.
Com efeito, entre 1500 e 1501 ele conseguiu unir por via marítima os quatro continentes ao ter saído da Europa e aí
regressado, após ter passado por África, América e Ásia. Ao realizar estas conexões, Pedro Álvares Cabral tornou-se,
juntamente com Fernão de Magalhães, um dos maiores símbolos do início da mundialização, a qual está na origem
remota da atual globalização.
Pedro Álvares Cabral, ao identificar um novo mundo, foi o último dos grandes descobridores portugueses do século xv,
tendo ainda o sentido muito especial de ter iniciado a criação do Brasil e a profunda e multissecular ligação entre este
país e Portugal.» – Da Introdução
Sobre o Autor
José Manuel Garcia nasceu em Santarém em 1956 e doutorou-se em História pela Universidade do Porto. De entre as
suas atividades destacam-se as que manteve na Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos
Portugueses e na Fundação Calouste Gulbenkian. Pertence à Academia Portuguesa da História e à Academia de Marinha
em Lisboa, sendo presentemente investigador no Gabinete de Estudos Olisiponenses. Publicou uma abundante
bibliografia sobre a História de Portugal e dos Descobrimentos, onde se incluem: História de Portugal: uma visão global
(1981); As Viagens dos Descobrimentos (1983); Ao Encontro dos Descobrimentos: temas de História da Expansão (1994);
Breve História dos Descobrimentos e Expansão de Portugal (1999); A Viagem de Vasco da Gama à Índia, 1497-1499
(1999); A Viagem de Fernão de Magalhães e os Portugueses (2007); O Livro de Francisco Rodrigues: o primeiro atlas do
mundo moderno (2008); Descobrimentos, coleção de 9 volumes (2015); O Terrível: a grande biografia de Afonso de
Albuquerque (2017); Fernão de Magalhães - Herói, Traidor ou Mito: a história do primeiro homem a abraçar o mundo
(2019).