Não são quadros, são peças de teatro, que povoam o studioteambox em Fevereiro, em matéria de tinta da china, carvão e água.
Jorge Barrote cria um espaço onírico, cénico, teatralizado, representado por desenhos aleatórios, imediatos, necessários, psicografados. Somos nós que construímos a narrativa.
Não é uma guerra de sexos, é uma dialética feminino-masculino
O autor explora a imagética do feminino numa representação singular, como se fossem pequenos fragmentos de um imenso continente negro, deixando-nos como testemunhas da sua constância paradoxal, assumindo quase sempre a coluna vertebral da expressão plástica. O masculino é suporte, tem o seu papel na narrativa, mas não é o centro, torna-se mais espectador. Faz parte, mas não determina, torna-se uma consequência.
Não é real, é um jogo de representações
Através de reproduções antropomórficas, transparências e manchas, as personagens encetam diálogos ou não-diálogos. Os corpos brotam de formas vegetais e a sensualidade é despejada na expressão do carvão ou do pincel, onde a tensão sexual é uma constante. Minotauros, medusas, sátiros e seres alados, misturados com corpos desnudos ou semidesnudos, somam significados aos sonhos e às narrativas que se desenrolam nos desenhos.
Inauguração no dia 2 de Fevereiro 2017 pelas 19h30
A exposição decorre no studioteambox de 2 de Fevereiro a 23 de Fevereiro 2017. De domingo a quinta-feira, das 15h às 19h com entrada gratuita.