quinta-feira, 22 de junho de 2017

Raquel Tavares com os Resistência


Raquel Tavares é a mais recente voz a juntar-se à festa com que a Resistência pretende assinalar esta viagem de 25 anos feita de canções e de amigos. Depois do anúncio de António Zambujo, a confirmação de Raquel Tavares vem reforçar a ideia de que esta é, na verdade, uma celebração da própria música portuguesa, como sempre foi, aliás, o grande propósito da Resistência.

Quando Raquel Tavares ganhou a sua primeira gala da Grande Noite do Fado, com apenas 12 anos de idade, em 1997, já o colectivo de vozes e guitarras tinha lançado os álbuns Palavras ao Vento (1991), Mano a Mano (1992) e Ao Vivo no Armazém 22 (1993). A fadista ouviu-os provavelmente na rádio nesses tempos formativos, antes de se lançar na sua própria aventura que desembocou em Raquel, o seu álbum de 2016 em que canta Caetano Veloso e Mallu Magalhães, Rui Veloso e... António Zambujo. Faz sentido, claro, que ambos se juntem agora a quem sempre procurou celebrar essa mesma ideia de lusofonia capaz de atravessar décadas e oceanos.

Fernando Cunha confessou que ter a Raquel Tavares em palco foi uma grande conquista para a Resistência: "A Raquel já cruzou o mundo com a nossa língua, já foi aplaudida nalguns dos melhores palcos internacionais, sabe bem o que significa cantar em português, como a canção certa pode levar o espírito de um povo muito longe. Faz sentido tê-la ao nosso lado, ao lado do António Zambujo que também aceitou o nosso convite".

A 13 de Outubro no MEO Arena e a 14 de Outubro no Pavilão Multiusos de Guimarães, o colectivo formado por Alexandre Frazão (bateria), Fernando Cunha (voz e guitarra 12 cordas)  Fernando Judíce (baixo), José Salgueiro (percussões), Mario Delgado (guitarra), Miguel Angelo (voz), Pedro Jóia (guitarra clássica), Olavo Bilac (voz) e Tim (voz e guitarra) voltará ao palco para, como escreveu Pedro Ayres no texto que acompanhava a edição do DVD com o registo do concerto do álbum Horizonte, de 2015, voltar a fazer “a apologia da canção de autores portugueses da música eléctrica e dos concertos cantados pela comunidade do público”. Só assim, aliás, faz sentido celebrar.