A Câmara Municipal de Oeiras vai apresentar a exposição “Territórios com História: Quinta do Marquês”, de 25 de Julho a 11 de Agosto, na Casa da Arquitetura (Rua Sacadura Cabral, n.º 61, Cruz Quebrada – Dafundo). A inauguração está marcada para o dia 25 de Julho, às 18:00.
Esta exposição centra-se na apresentação do espólio Arquitectónico de valor histórico e cultural que é a Quinta do Marquês de Pombal, conjunto arquitectónico que representa uma imagem de marca do concelho de Oeiras.
“Territórios com História: Quinta do Marquês” leva-nos a uma viagem pelo tempo. Permite-nos descobrir uma Oeiras esquecida, um território de quintas e palácios, uma paisagem natural de uma beleza exuberante. Dá-nos a conhecer um património único, que contribuiu de forma decisiva para a construção da identidade da Vila de Oeiras.
A obra Pombalina existente no concelho de Oeiras, veio transformar ao longo de séculos de existência, tudo o que a vista abrangia, desde o centro da vila às estradas e ruas de acesso, numa paisagem utópica que oferece ainda hoje uma marca monumental que se estende desde o Palácio, à vila, emocionando todos os que por aqui passam.
Localizada em Oeiras, as origens desta propriedade remontam a 1676, quando Sebastião José de Carvalho, avô do futuro Marquês de Pombal, adquire um conjunto de terras, que constituíram o início da Quinta de Oeiras, Morgadio de Oeiras.
Posteriormente, a quinta foi aumentando devido à aquisição de uma série de terrenos circundantes, dando inicio a diversas obras de melhoramento, que, após a morte do tio do futuro Marquês de Pombal (1737) ganhava ainda mais impulso. A construção do palácio e a campanha decorativa que se haviam iniciado anos antes ganhavam novo impulso, sobretudo devido ao esforço do Marquês de Pombal e seus dois irmãos. Um projecto que tem vindo a ser atribuído a Carlos Mardel, um arquitecto húngaro que teve um papel preponderante na reconstrução da baixa pombalina em Lisboa.
O dinamismo e o poder político e económico do então Marquês de Pombal, trouxeram ao século XVIII, e a Portugal, uma série de inovações tecnológicas e um emparcelamento e funcionalidade do espaço que permitia produzir e transformar os produtos, para comercialização e conquista de mercados europeus.
Actualmente, a Quinta do Marquês de Pombal, integra a Quinta de Baixo, onde se situa o Palácio e a Quinta de Cima que corresponde a cerca de 80% da área total da propriedade cuja área murada ocupa cerca de 130 hectares. Globalmente constitui-se como uma propriedade modelar agroindustrial.
A Quinta do Marquês é atravessada pela ribeira da Lage, eixo em torno do qual se desenvolvem os núcleos e edificações. Apresenta um conjunto arquitectónico que, apesar de actualmente degradado, representa para todos os que a conhecem uma imponência e significado forte pela presença dos monumentos que se destacam na paisagem.
Por último, recorde-se que a ‘Casa da Arquitectura’ nasceu da vontade de criar um espaço que permita à comunidade a sua utilização e paralelamente, seja uma forma de melhor entender o pensamento/trabalho dos arquitectos portugueses e da arquitectura, assim como todo o seu processo criativo.