“Hamburger” é o novo single lançado para o álbum de estreia dos Tricycles (de título homónimo), gravado e produzido pelo Nelson Carvalho com os Tricycles, e editado a 29 de Março, pela Lux Records.
“Hamburger” é uma música pop, falsamente simples, falsamente ligeira, falsamente alegre, sobre um assunto falsamente risível. Na verdade, fala da vertigem da queda, que pode ter muitas formas, algumas mais subtis que outras. Um hamburger muito pouco gourmet.
O videoclip foi filmado em Coimbra, realizado e editado pelo Bruno Pires e João Taborda, e conta com uma série de ilustres convidados da cidade: Vitor Torpedo, António Olaio, Ricardo Jerónimo, Pedro Chau, Pedro Renato, MC Ruze, Maria João Robalo e Joana Cipriano.
Os Tricycles estrearam o álbum no Sabotage Club, em Lisboa, e têm andado na estrada, com idas aos “Artistas” (Faro), Hard Club (Porto) ou festival EPICENTRO! (Coimbra), entre outros. Se não tiverem oportunidade de os ver entretanto noutro sítio, valerá a pena rumar ao Mondego por altura do Natal. Em Dezembro, vão tocar com os míticos The Monochrome Set, no Teatro Académico de Gil Vicente em Coimbra, altura em que sairá também a versão em vinil do álbum “Tricycles”.
Os Tricycles são um conjunto de kidadults de rumo duvidoso: João Taborda (António Olaio & João Taborda), Afonso Almeida (Cosmic City Blues, Sequoia), Edgar Gomes (Terb) e Sérgio Dias. Começaram a ser fabricados quando o Sérgio (bateria) e o Edgar (baixo) se juntaram ao Afonso (guitarra, voz) e ao João (guitarra, teclas, voz), que já andavam a fazer música juntos há algum tempo.
Imaginem um triciclo no alto de uma duna, a ver o mar, a sentir o sol quente nas rodas pintalgadas de areia, com uma certa comichão no volante por causa da humidade salgada, e a pensar: “Apetece-me apanhar o próximo barco para Marte e desviá-lo até ao centro do Sol”. É mais ou menos isto que os Tricycles são. Uma coisa vagamente improvável, um conjunto de kidadults de rumo duvidoso mas com histórias para contar, cheias de pessoas que poderiam existir. E de facto existem, em calmas músicas prontas a explodir, lentamente, a mil à hora, com suavidade, ou em rugidos de guitarras zangadas e pianos falsamente corteses, de rudes baixos a conversar com educadas baterias.