A Porto Editora publica A Filha do Comunista, da revelação literária espanhola Aroa Moreno Durán. A Filha do Comunista, obra vencedora do Premio Ojo Crítico de Narrativa, fala-nos de abandono, fuga e desenraizamento, na Berlim dividida do pós-guerra. Estreia no registo do romance da jornalista madrilena Aroa Moreno Durán — já reconhecida no seu país de origem pelas investidas nos universos poético e biográfico —, este título recupera a memória coletiva do exílio.
Através do percurso pessoal da protagonista Katia, a autora recria a Alemanha comunista, a construção do Muro de Berlim e uma sociedade condicionada pela ideologia política, a espionagem e, não menos secretamente, pelo sonho de liberdade. Numa reflexão profunda sobre as nossas escolhas e suas consequências, em nós e nos outros, nesta obra presenciamos um jogo de forças entre altruísmo e egoísmo, quimera e realidade, perdão e rancor, obstinação e arrependimento.
O livro resulta de um apurado trabalho de investigação jornalística, com recurso a documentação dos arquivos da STASI, a infame polícia secreta da República Democrática Alemã, e a testemunhos de exilados espanhóis ainda vivendo na Alemanha. O livro estará disponível nas livrarias a partir de amanhã.
Sobre a Autora
Aroa Moreno Durán nasceu em Madrid, em 1981. Estudou Jornalismo na Universidad Complutense, especializou-se em Informação Internacional e Países do Sul. Em 2002, estudou e viveu em Berlim no âmbito do programa Erasmus. Publicou dois livros de poesia — Veinte años sin lápices nuevos e Jet lag — e é autora de duas biografias, uma sobre Frida Kahlo, Viva la vida, e outra sobre García Lorca, La valiente alegría. A Filha do Comunista é o seu primeiro romance.