O cardeal José Tolentino Mendonça, que acaba de vencer a edição deste ano do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, prepara-se para lançar pela Quetzal, a 13 de novembro, um novo livro: Rezar de Olhos Abertos.
Num tempo de solidão e de tempestade nas nossas vidas, esta obra reúne um conjunto de orações para serem lidas e escutadas por cada um de nós que procuramos um caminho.
Há pessoas que rezam baixando os olhos, escondendo nas mãos o rosto, voltando-se para dentro. Há outras, porém, que abrem esforçadamente os olhos ao rezar, numa tentativa de observar a vida no seu espanto. Quer umas, quer outras – estão certas.
Todas as formas de rezar são insuficientes, mas todas são eficazes. A arte de rezar é a arte de ser, apenas isso, porque o que conta verdadeiramente não depende das palavras.
Esta obra foi pensada não como um livro sobre a oração, mas como um caderno de práticas da oração, reunindo um conjunto de textos que José Tolentino Mendonça escreveu ao longo do tempo, muitos deles no contexto da atividade pastoral, para serem utilizados por comunidades ou, simplesmente, para serem lidos e escutados em silêncio. De olhos abertos, enfrentando a solidão e a tempestade.
José Tolentino Mendonça é uma das personalidades mais populares e com mais aceitação em todos os sectores da vida portuguesa, e a atribuição do importante e prestigiado Prémio Europeu Helena Vaz da Silva atesta isso mesmo. Os membros do júri declararam ter ficado «impressionados com a capacidade que Tolentino Mendonça demonstra ao divulgar a Beleza e a Poesia como parte do património cultural intangível da Europa e do mundo».
Sobre o Autor
Poeta, sacerdote e professor, José Tolentino Mendonça nasceu na ilha da Madeira. Estudou Ciências Bíblicas em Roma e vive no Vaticano desde 2018, onde é responsável pela Biblioteca Apostólica e pelo Arquivo Secreto do Vaticano. Em 2019, foi elevado a Cardeal pelo Papa Francisco. Tem publicado a sua poesia na Assírio & Alvim e, desde 2017, a sua obra ensaística na Quetzal. Para José Tolentino Mendonça, «a poesia é a arte de resistir ao seu tempo». Os seus livros têm sido distinguidos com vários prémios, entre eles o Prémio Cidade de Lisboa de Poesia (1998), o Prémio Pen Club de Ensaio (2005), o italiano Res Magnae, para obras ensaísticas (2015), o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes APE (2016), o Grande Prémio APE de Crónica (2016) e o prestigiado Prémio CapriSan Michele (2017). Foi também distinguido, já em 2020, com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva.