terça-feira, 17 de novembro de 2020

P55 quer democratizar o acesso à arte de uma forma digital


De uma antiga leiloeira nasceu uma plataforma de arte, a P55. A empresa reinventou-se e, no início do ano, lançou-se no mundo online com a missão de revolucionar o acesso à arte. 
 
Entre Portugal e Espanha, atualmente a plataforma conta com cerca de 400 artistas e tem para venda direta cerca de três mil peças. De pintura, à serigrafia e escultura, da arte contemporânea à arte clássica existem obras de arte para todos os gostos. Manuel Cargaleiro, Noronha da Costa, Pablo Picasso, Cruzeiro Seixas, José de Guimarães, Vhils, Banksy, Amadeo de Souza-Cardoso, Vieira da Silva, entre muitos outros, são alguns dos nomes mais sonantes. Picasso e Vhils estão no top das vendas. 

"Somos pioneiros em Portugal e a nossa missão é democratizar o acesso à arte e abrir as portas do digital aos artistas e galeristas, numa altura tão crítica para a sua sobrevivência. Esperamos que o nosso trabalho traga um pouco de cor à vida de todos e que o comércio eletrónico impulsione o acesso à arte de forma acessível", destaca o fundador da P55, Aníbal Faria.  
 
A P55 quer "disponibilizar arte para todos" e como tal tem disponível na plataforma peças a partir de 50 euros como é o caso de uma reprodução de uma obra de 1949 de Vieira da Silva com o título "La Bibliothéque". O quadro original está exposto em Paris no Museu Nacional de Arte Moderna. 
 
O processo de compra é fácil, intuitivo e seguro. Depois de efetuar a compra, o artigo chega ao destino em apenas 48 horas. Os portes de envio são gratuitos para Espanha, Portugal Continental e arquipélagos da Madeira e Açores, sendo que os compradores mais assíduos são os portugueses, seguidos dos espanhóis. "O que nos diferencia é que para além deste contacto direto com o artista e/ou galeristas nós fazemos o “free shipping” com seguro incluído", destaca o fundador. 
 
Aníbal Faria destaca que todas as peças de arte à venda em www.p55.pt dispõem de “Proteção ao Comprador". "Se determinada peça não chegar ao destino tal e qual conforme a descrição do produto, a P55 garante a devolução total do dinheiro. A peça é recolhida no local de destino e não existe qualquer custo para o comprador", garante Aníbal Faria. 
 
Para além das vendas online, existem leilões semanais na P55. Para o fundador é uma forma de dinamizar a plataforma de arte e “ajudar os artistas e galeristas na retoma das suas atividades”.  
 
Ponto de venda para galeristas e artistas 
 
Como marketplace, a P55 quer fazer a diferença no negócio dos galeristas e artistas, ao colocá-los em contacto com o cliente. "Através da nossa plataforma, os nossos artistas e galeristas associados têm mais visibilidade. Com a pandemia surgiu ainda mais a necessidade de ajudar os artistas a venderem os seus quadros". 

Os artistas e galeristas utilizam a plataforma como ponto de venda. A entrega fica a cargo da P55.  "O galerista recebe a notificação que o seu artigo foi vendido, prepara a obra para ser recolhida e o serviço de transporte encarrega-se de a fazer chegar ao destino final". 
 
A adesão está a superar as expectativas e o número de associados não pára de crescer e um dos motivos é a “visibilidade que a plataforma dá aos artistas e galerias. “No final de setembro tínhamos cerca de 100 associados, hoje temos cerca de 400. É um sentimento de missão cumprida”, diz o fundador.