Depois de ter aberto a Temporada 2020/2021 do Teatro Nacional D. Maria II, com várias sessões esgotadas, Aurora Negra, de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, regressa à Sala Estúdio de 10 a 20 de junho.
Com criação, direção artística e interpretação de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, Aurora Negra nasce da constatação da invisibilidade a que os corpos negros estão sujeitos nas artes performativas, sendo-lhes negado constantemente o acesso à construção das suas narrativas.
Neste espetáculo, o canto começa na voz de uma mulher que fala: fala crioulo, fala tchokwe, fala português. Em cena, três corpos, três mulheres na condição de estrangeiras falam também essas três línguas. Três mulheres que buscam as raízes mais profundas e originais das suas culturas, celebrando o seu legado e projetando um caminho onde se afirmam como protagonistas das suas histórias.
Aurora Negra foi o espetáculo vencedor da segunda edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, um projeto promovido pelo Teatro Nacional D. Maria II, o Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, o Teatro Viriato, em Viseu, e o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e que se destina a apoiar jovens artistas e companhias emergentes.
Depois da sua estreia no D. Maria II, em setembro de 2020, Aurora Negra foi já apresentado em vários espaços do país e regressa agora a Lisboa, para 9 apresentações na Sala Estúdio. A sessão de 20 de junho, domingo, contará ainda com interpretação em Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.