Calígula morreu. Eu não, espetáculo com encenação de Marco Paiva e texto da dramaturga espanhola Clàudia Cedó, chega à Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II no próximo dia 25 de junho, onde ficará em cena até dia 4 de julho.
Uma copodução do Teatro Nacional D. Maria II e do Centro Dramático Nacional, em Madrid, com produção da Terra Amarela, Calígula morreu. Eu não é um espetáculo que reúne uma equipa portuguesa e espanhola e é interpretado em quatro línguas: português, castelhano, Língua Gestual Portuguesa e Língua Gestual Espanhola. Marco Paiva dirige um elenco com intérpretes das duas nacionalidades e com e sem deficiência, composto por Ángela Ibáñez, André Ferreira, Fernando Lapeña, Jesús Vidal, Luís Garcia, Maite Brik, Paulo Azevedo e Rui Fonseca.
Pode tratar-se o despotismo de várias formas. Em Calígula morreu. Eu não, por um lado, pensa-se na ação despótica como um impulso cíclico que responde a uma necessidade de libertação, de esvaziamento, de autossatisfação. Por outro lado, tenta-se agir no sentido de erradicar esse mesmo despotismo. A proposta é a de resolver uma situação ficcional, recorrendo a outra situação ficcional. Calígula não morreu. É preciso perceber porquê, revistar a história, voltar a contá-la, entender onde errámos e tentar que ele finalmente morra.
A estreia global de Calígula morreu. Eu não aconteceu a 19 de maio, no Teatro María Guerrero, no Centro Dramático Nacional. Depois de Madrid, é a vez de Lisboa receber o espetáculo, no D. Maria II, de 25 de junho a 4 de julho.