Estreia em julho, a mais recente criação do Teatro do Silêncio. Paradoxos de Alice é um espectáculo que propõe novos olhares para as temáticas transversais e intemporais dos clássicos de Lewis Carroll. Integrada na Festa de Desaniversário do Centro Cultural de Belém, o espectáculo serve de mote para uma vasta programação que pretende colocar a criação artística em diálogo com a filosofia com crianças. O Teatro do Silêncio lançará ainda a estreia faseada de 8 curtas metragens de animação, realizadas por Beatriz Bagulho, e inspiradas no universo onírico das obras de Lewis Carroll, “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas” e “Alice do Outro Lado do Espelho”.
Com estreia marcada entre os dias 9 e 11 de julho, no pequeno auditório do CCB, Paradoxos de Alice é um convite para mergulharmos num mundo “estranho... estranhosíssimo!”. Aqui há histórias dentro de histórias, reis que ressonam trovoadas, sorrisos sem gato, cabeças de pomba, meninas serpentes, palavras que apontam em dois sentidos - e também temos um Humpty Dumpty, que consegue explicar todos os poemas que já foram inventados e muitos que ainda não foram. O espectáculo, para maiores de seis anos, não é uma adaptação das obras de Carroll para teatro, mas inspira-se nos mundos do País das Maravilhas e do Outro Lado do Espelho para criar um universo imersivo onírico e absurdo. Para uma realidade que sai gradualmente do confinamento, qual será o lugar da imaginação na criação de novos mundos?
Paradoxos de Alice tem como criadores e intérpretes Leonor Keil e Gonçalo Alegria, que também é o responsável pela música e pela adaptação de vídeo a partir de curtas metragens realizadas por Beatriz Bagulho e que também integram o espectáculo. A criação do espaço cénico é de Pedro Silva, o desenho de luz de Artur Pispalhas e os figurinos de Miguel Bonneville. A direcção do espectáculo e dos filminhos é de Maria Gil. As curtas metragens serão lançadas a partir do dia 29 de junho. Cada filminho tem a duração de 3 a 8 minutos aproximadamente, e recorre à técnica de cinema de animação e captação de imagens reais, tendo como ponto de partida algumas das personagens mais icónicas das obras de Lewis Carroll para abordar temas filosóficos e científicos, com o objectivo de despoletar pensamento crítico e criativo. Os filmes poderão ser vistos nas plataformas digitais do CCB.