sexta-feira, 18 de junho de 2021

«Detesto os Homens» o polémico bestseller internacional


Chegou ontem às livrarias o polémico bestseller internacional Detesto os Homens, da escritora e ativista Pauline Harmange, que «não é para meninos».

Com um ponto de partida deliberadamente provocatório, este ensaio serve de desafio às leitoras para tomarem consciência das limitações que lhes são impostas por um sistema desigual e discriminatório, e aos leitores para se juntarem à sua luta pela igualdade, a bem da dignidade humana de todas e todos.

«(…) Poucas coisas são mais cansativas do que ver um homem colher louros desproporcionados em troca de esforços minúsculos, ao passo que as mulheres ainda são sujeitas a padrões impossíveis, que fazem delas eternas perdedoras. Não podemos mais permitir-nos lisonjear os homens por coisas tão tristemente banais como sair mais cedo do trabalho para ir buscar um filho à escola», pode-se ler nas primeiras páginas do livro.

Detesto os Homens é «um livro delicioso», como o caracterizou Roxane Gay, e também libertador, advogando a luta por uma misandria não como discurso de ódio, mas como crítica construtiva da masculinidade tóxica, convidando a uma reflexão acerca dos papéis que todas e todos assumimos, e a um combate, lado a lado, de mulheres e homens, pela verdadeira igualdade de género.

Sinopse

Quando alguém (na verdade, uma mulher) se assume como feminista, ou faz alguma reivindicação de igualdade e é assumida como tal, costuma apressar-se a acrescentar: «mas atenção, não detesto os homens». A ideia de que todas as feministas detestam homens está tão enraizada no imaginário popular quanto a ideia de que as feministas queimaram sutiãs – e é igualmente falsa. Ou será que sim? Não, as feministas nunca queimaram sutiãs. E não, não detestam os homens. Mas deveriam? Que outra posição seria expectável e racional quando são os homens os maiores responsáveis pelas agressões (físicas, sexuais e psicológicas) e explorações de que sofrem as mulheres? Que outra posição faria sentido, quando eles continuam a recusar alinhar-se com a igualdade plena de direitos? «Detestar» significa, etimologicamente, «prestar testemunho contra». É isso mesmo que este livro vem fazer: prestar testemunho contra a indiferença, o privilégio e a violência masculinas. Com um ponto de partida deliberadamente provocatório, serve de desafio às leitoras para tomarem consciência das limitações que lhes são impostas por um sistema desigual e discriminatório, e aos leitores para se juntarem à sua luta pela igualdade, a bem da dignidade humana de todas e de todos.