Baseado na vida do antepassado de Daniel Birnbaum, Dr. B. tem como protagonista um jornalista judeu refugiado em Estocolmo, que se tornaria um «espião duplo», simultaneamente colaborador dos Serviços Secretos britânicos e alemães. Funcionário da icónica editora S. Fischer Verlag – a mesma que continuou a publicar na Suécia autores proibidos pelos nazis como Thomas Mann e Stefan Zweig –, Immanuel Birnbaum vê-se arrastado para um universo de perigosas ambiguidades. Com direitos de tradução vendidos para 8 países, este fascinante romance de estreia do reputado curador artístico, chega agora a Portugal numa tradução a partir do original sueco. Um labirinto de ligações surpreendentes e violentas forças antagónicas, tendo «a Casablanca Nórdica» como cenário.
Sinopse
Em Estocolmo, na década de 1940, cidade na encruzilhada de emigrantes, expatriados, diplomatas e espiões, o jornalista Immanuel Birnbaum, que assina os seus textos sob o pseudónimo de Dr. B., começa a colaborar com o exilado editor alemão Gottfried Bermann Fischer, dono de uma das maiores editoras germânicas. Immanuel, no entanto, não é apenas jornalista e editor, pois rapidamente se vê sugado para um mundo de jogos duplos. Por um lado, colabora com os serviços secretos britânicos espalhando propaganda antinazi na Alemanha; por outro, numa carta escrita com tinta simpática revela a misteriosos correspondentes alemães o plano inglês para fazer explodir o porto de Oxelösund, por onde passa grande parte do minério de ferro essencial à indústria de guerra. Afinal, quem era Dr. B.? Um espião, um lutador da resistência ou um jornalista manipulado? Baseado em factos reais, reconstruídos a partir de uma misteriosa caixa de cartão encontrada no sótão, Daniel Birnbaum recria a atmosfera de uma Estocolmo onde grandes interesses internacionais colidem para decidir o destino da Segunda Guerra Mundial, perturbando a vida de muitos.
Sobre o Autor
Daniel Birnbaum nasceu em Estocolmo, em 1963. É um dos mais prestigiados curadores artísticos do mundo contemporâneo, tendo dirigido a Bienal de Veneza em 2003 e em 2009. Foi diretor do Museu de Arte Moderna de Estocolmo e é atualmente diretor artístico da empresa Acute Art, em Londres.