Os artistas espanhóis, naturais e residentes no País Basco, Ignacio Goitia e Eduardo Sourrouille apresentam pela primeira vez em Portugal o seu trabalho na Galeria Nave, em Lisboa, numa exposição intitulada Príncipe Azul, que inaugura a 17 de junho.
Esta exposição surge da relação de amizade de três décadas entre os dois artistas e é composta por 27 obras, entre pintura, fotografia e vídeo, ocupando os dois espaços da Galeria Nave, que será completamente intervencionada pelos artistas. Para Eugenia Griffero Fabre, curadora da exposição e diretora da Galeria Aldama Fabre, em Bilbau, as imagens apresentadas são "belas e lúcidas, impregnadas de vitalidade e humor, remetem-nos ao teatro da vida, que nos denuncia e por isso nos salva, lembrando-nos como devemos olhar".
Ignacio Goitia (Bilbao, 1968), é já um nome consolidado na cena artística contemporânea espanhola, tendo também vasto currículo internacional, e é conhecido pelas suas pinturas figurativas cheias de cor, pela representação de cenários faustosos, jardins barrocos ou paisagens urbanas. Entre os trabalhos expostos, há uma tela com a sua reinterpretação do arco da Rua Augusta em Lisboa.
Eduardo Sourrouille (Basauri, 1970) trabalha maioritariamente em vídeo e fotografia. Um dos temas centrais da sua obra é o modo de construção da identidade na sociedade contemporânea, através da auto-representação. Sourrouille trata de temas como o amor, ou a falta dele, o ridículo, a sexualidade e as lutas sociais e individuais.
Príncipe Azul resulta de uma parceria entre a Galeria Nave em Lisboa e a Galeria Aldama Fabre, sediada em Bilbau, cujo objetivo é promover a internacionalização dos artistas por elas representados nos países vizinhos e integra o projeto The Basque Corner, financiado pelo Governo do País Basco. A inauguração desta exposição, a 17 de junho, vai ser marcada pela presença de duas representantes do Governo Basco, Lorea Bilbao, deputada da Cultura, e Begoña de Ibarra, Diretora Geral da Cultura.