A Descrição da Infelicidade, do escritor alemão W.G. Sebald, chegou às livrarias na passada sexta-feira, pela Quetzal Editores.
Este é um livro inédito em Portugal, publicado há 31 anos pela primeira vez na sua língua de origem, muito aguardado pelos leitores de Sebald. Consiste numa análise do ambiente psicológico que antecede e condiciona a escrita austríaca protagonizada por grandes nomes - como Stifter, Schnitzler, Kafka, Hofmannsthal, Canetti, Bernhard e Handke - e da ponte que a literatura estabelece entre a infelicidade e o consolo.
«A melancolia, a reflexão sobre a infelicidade consumada, nada tem a ver com o vulgar desejo de morte. É uma forma de resistência. E, sobretudo ao nível da arte, a sua função, está longe de ser meramente reativa ou reacionária. Quando ela, de olhar fixo, pensa uma vez mais no que nos arrastou até aqui, bem se vê que o impulso que leva ao desespero e o que leva ao conhecimento são agentes idênticos. A descrição da infelicidade traz em si a possibilidade de a superar.»
«Tão estranha quão convicente, assim é a força invulgar da linguagem de Sebald, a sua seriedade festiva, a sua maleabilidade, a sua precisão». Susana Sontag
«W.G. Sebald é dotado de uma capacidade percetiva alucinantemente apurada». Der Speigel
Autor de livros incontornáveis como Austerlitzt ou Os Anéis de Saturno, Sebald tem vindo a influenciar novas gerações de escritores, como Teju Cole ou Zia Haider Rahman.