Se são tempos estranhos? São, sem a menor sombra de dúvida. Se a música alguma vez foi tão importante como agora? Temos sérias dúvidas. E os No Maka também. A vibração que só a música proporciona permite às pessoas carregarem devidamente as baterias, inspira superação, paixão, vontade de viver. Ou então dá simplesmente para dançar. E se houve coisa que o confinamento nos ensinou foi a dançar.
“Dámelo” é a nova bomba de algodão-doce sonoro que os No Maka nos oferecem, desta vez com a contribuição de Dianna que aqui assina uma interpretação verdadeiramente escaldante. O tema parece ser feito à medida dos sound systems Bluetooth que agitam salas e varandas, quintais e a imaginação de quem sonha com festivais. Tem os graves no sítio certo, a cadência que o calor pede e as melodias que se instalam na cabeça sem pedirem licença.
Sensual até ao último grau, o tema faz a ponte entre o português e o castelhano, de “Portugal até Caracas, rompendo fronteiras”, como garante Dianna.
No Maka, a dupla dinâmica de Emanuel Oliveira e Duarte Carvalho, domina na perfeição as mais tropicais cadências do presente, afirmando-se cada vez mais inequivocamente como uma garantia de qualidade nos sons que estão a definir o presente e a apontar o caminho para o futuro da pop.
E Dianna é estrela de corpo inteiro, um fenómeno nas redes sociais que se inspira nas suas raízes hispânicas para sublinhar o seu evidente apelo universal. Cientistas musicais com fórmulas garantidas e uma estrela pop em potência só podem mesmo puxar pelo que importa.