“Um Mundo de Máscaras” já abriu portas ao público, em formato presencia, no Museu da Farmácia, em Lisboa. Uma exposição que reúne um conjunto de 14 exemplares de máscaras provenientes de museus e culturas diferentes, desde máscaras de curandeiro a máscaras de feiticeiro, das de protecção às da tradição, das de teatro às de cerimónia.
A exposição virtual foi inaugurada a 18 de Maio e, até ao momento, teve 8.300 visitantes.
«A resposta à exposição virtual tem sido excelente e acreditamos que vamos ter uma reacção semelhante à inauguração presencial, não só pelo simbolismo actual da máscara, mas também pelo próprio interesse histórico que este objecto acarreta», afirma Gonçalo Magano, curador do Museu da Farmácia.
A iniciativa, que tem como embaixadora a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, procura promover uma ponte entre o presente e o passado, de modo a desmistificar a utilização deste objecto milenar utilizado para diversos fins ao longo da história, além da protecção.
Esta exposição conta também com uma componente de Realidade Aumentada, uma tecnologia que permite projectar conteúdos virtuais, como imagens, no mundo real. Através da simples leitura de um código QR, o visitante poderá viajar no tempo e “vestir”, de forma virtual, as máscaras que compõem a exposição. Para desfrutar desta experiência interactiva necessitará apenas de um telemóvel com câmara.
Um dos exemplos de máscaras que será possível ver é a Máscara do Fato da Peste Negra, criada no século XVII, para proteger os médicos que tratavam os infectados. Esta tem a particularidade de apresentar um bico comprido no qual eram colocadas ervas aromáticas e palha, de forma a filtrar os cheiros para protecção do médico, de acordo com as crenças de então.
Além do efeito de protecção, que dado o contexto actual está bastante massificado, as máscaras também foram utilizadas na Europa enquanto instrumentos de punição, como é caso da Máscara da Vergonha, igualmente patente na exposição. Quando uma pessoa violava alguma convenção social poderia ter como castigo a utilização deste tipo de máscaras.
A exposição leva-nos ainda até ao continente africano e às suas Máscaras de Feiticeiros, utilizadas em cerimónias e rituais de comunicação do homem com os deuses, espíritos e ancestrais.
Estes são apenas alguns exemplos presentes nesta exposição que nos oferece uma viagem aos diferentes continentes, ao longo dos séculos, através das máscaras. Um elemento que passou a fazer parte do dia-a-dia de todos os cidadãos do mundo e que, como nos mostra a exposição, é um símbolo da diversidade existente entre civilizações, países, culturas e povos.
“Um Mundo de Máscaras” é uma iniciativa do Museu da Farmácia em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, o Museu da Marioneta, o Museu do Oriente e o Museu Nacional de Etnologia. Pode ser visitada no Museu da Farmácia, na Rua Marechal Saldanha 1, em Lisboa, das 10h as 19h, de segunda a domingo, até 30 de Setembro. A entrada é gratuita.